Tuesday, December 26, 2006

A Sanfona

Quarto Capítulo: No Quarto

Imagine a seguinte situação;
Você está afimzão de chegar numa jovem e não sabe como e de repente ela aparece na sua frente com todas as defesas abertas? Ou então você minha amiga, imagine o homem dos seus sonhos pedindo arroz emprestado na porta de sua casa? Que fazer? Como agir? Com certeza a confusão de instalará em sua cabeça e você ficará naquele conflito. Pois era exatamente assim que os dois estavam, sem idéia do que fazer.

Quando de repente o Ajudante fala;
- Tudo bem Francisco? – Francisco (Chiquim) responde sem convicção.
- É... tudo como Deus quer... e com vocês? Vieram de onde? – Os dois ficam sem saber que responder e novamente o Ajudante de Paulo fala;
- Nos viemos de Fortaleza... podemos dizer que somos empresários. – Depois do que o ajudante falou, Chiquim fica mais interessado na conversa com os dois. Paulo fica calado, pois está completamente congelado com a situação, não sabe o que fazer. É quando seu Ajudante que vinha sendo tão criticado toma a frente da situação e vai conduzindo ela com sabedoria.

Chiquim fica mais aberto com os dois “empresários” e vai ficando mais próximo dos dois. O ajudante de Paulo percebe isso e pergunta para o jovem Francisco.
- Como tão as meninas aqui ein rapaz? – Chiquim sorri meio envergonhado.
- Ta chei né? Ar menina gosta quando toco a sanfona no palco, quando falo também... Eu adoro né? Isso que é bom! – o ajudante de Paulo não se satisfaz com a respota e pergunta novamente, com mais maladragem. Ele se aproxima de Chiquim, põe a mão no ombro de Chiquim e pergunta meio sorridente.
- Rapaz... Você deve tá comendo altas gatinha aqui? Né não? Diga ai... Os dois riem juntos, dividindo as gargalhadas. E Paulo fica estranhando o jeito que seu ajudante conduz a situação, pois não é comum alguém que trabalha no “ultimo andar” falar; gatinha e comendo.

Vão conversando dividino as historia da vida, do trabalho, da banda, quando de repente Chiquim se abre para os dois;
- Rapaz... eu não ando bem... Tenho me sentido mal ultimamente. – os dois sentem a oportunidade e perguntam;
- Que ta acontecendo Chiquim? O que há de errado? – Chiquim olha para os dois buscando confiança neles e diz;
- Não posso passar a vida toda tocando sanfona, tenho que ganhar dinheiro pra poder viver... Não vivo bem... Como mal... A minha sorte é ter Dona Iraci aqui... Essa mulher é praticamente minha mãe. Paulo e seu ajudante trocam olhares e dividiam o mesmo pensamento; “Cagamos o pau!”. Paulo finalmente fala;
- Chiquim no momento não podemos fazer nada... Estamos aqui para observar e analisar você, ver como você é, como vive, como se dá com o povo de sua comunidade, depois sim... Depois poderemos fazer muito por você.
Chiquim se levanta e abraça os dois mutuamente, com sentimento de esperança e diz;
- Obrigado, espero que tudo dê certo. – e sai do quarto dos dois.

Assim que sai do quarto Chiquim corre até Dona Iraci e dá um abraço nela. E diz;
- Dona Iraci esses dois homens vão me ajudar, tenho fé em Deus que vão me ajudar. – Dona Iraci com sua experiência fala;
- Cuidado Francisco... que esses homens já podem ter errado com você, ou sei lá que... Cuidado.

Enquanto no quarto os dois ficam calados com aquele mesmo pensamento na cabeça, de que erraram feio ao se descuidar com os “caminhos” de Francisco. E Paulo diz;
- Poxa... você foi bem conduzindo a situação, não soube que fazer. – seu ajudante sorri e diz;
- Obrigado, estamos juntos nessa. – assim que ele fala e ele diz;
- Droga... Falei aquelas duas palavras... Tenho de ter mais cuidado... Perdoe-me. – Paulo olhe para ele sorrindo e diz;
- Tudo bem, foi em bom uso, não foi para denegrir ninguém. Agora... Amanhã temos que ir falar com Chiquim, e convencer ele da situação, esclarece tudo para ele. – seu ajudante pergunta;
- Como?

**Escrevendo essa novelinha, percebi que talvez tenham cometido o mesmo erro comigo. ;]

Wednesday, December 13, 2006

A Sanfona

Terceiro Capítulo: No meio do caminho tem uma pedra é? Ou a pedra tá no meio do caminho?

Depois de verem a situação de Francisco do Nascimento, eles ficaram sem saber o que fazer, não faziam idéia que de qual seria o próximo passo, e a única certeza que tinham era que a situação estava um tanto quanto difícil. Talvez eles tivessem em mente que seria fácil tirar o famoso Chiquim Sanfona de sua cidade, ou quem sabe ao menos convencê-lo de que seu lugar não era ali, que seu lugar era um lugar bem melhor.

Então foi ai que eles lembraram dos ensinamentos de seu chefe, principalmente daquela frase; “Deus escrever certo por linhas tortas”. Já de volta ao quarto da hospedagem Paulo e seu Ajudante pensaram em mil formas de dizer para Francisco o que tinha acontecido com ele, mas não tinham idéia do que fazer, nem por onde começar.

Quando de repente eles escutam uma voz forte dizendo;
- ôôôôô Dona Iraci... nada melhor que sua caminha pá nois dar uma deitada. Tem vaga ai num é Dona Iraci? – quando escutam essa voz, eles imediatamente colocam a cabeça pra fora e visualizam Francisco. Os dois ficam completamente birutas com a situação, pois sem saber o que fazer e ainda por cima a vitima está debaixo do nariz deles.

É quando Paulo como líder da situação diz para seu Ajudante;
- Rapaz... agora é seu momento! Você vai lá e diz que é fã dele lá de... de... de... – seu Ajudante fala interrompendo;
- Fortaleza? – Paulo diz alterado;
- CLARO SEU IMBECIL!!! – como servidor da fé ele diz;
- Me Perdoe Pai! Me Perdoe!
Quando de repente alguém bate na porta dizendo;
- Tem alguém ai? – Paulo abre a porta e quando vai falar, Dona Iraci diz;
- ó Seu Paulo... ta o homi que vocês tão atrás... Chiquim estes são Paulo e seu Ajudante, vieram de Fortaleza pra cá pra ver o teu menino... vê se pode isso? Conversa com eles ai. Então Chiquim adentra no quarto deles dizendo;
- Opa... tudo bem? Sou Chiquim… pode me chamar assim mesmo. – Paulo e seu Ajudante falam com Chiquim e ficam completamente se perguntando; “Quem é que é a vitima ein?”

No quarto de Paulo e seu Ajudante está a “vitima” do engano, e eles dois não fazem idéia do que fazer. A situação fica difícil para os dois, será que eles vão abrir o jogo? Ou será que vão dá pra trás? Como diria Chiquim.

*A verdade é; Fique Ligado neste blog.

Thursday, November 30, 2006

A Sanfona

Segundo Capítulo: Snake´s Pulse On Stage

- Menino não diz uma coisa dessas... – Dona Iraci põe as mãos no rosto e fica paralisada. Paulo e seu ajudante ficam sem entender o que se passa e perguntam;
- A senhora conhece ele? – Dona Iraci sorri e diz;
- Claro ué... todos conhecem, ele toca na melhor banda de forró, a Snake´s Pulse. É ótimo o show da banda dele, inclusive, vai ter um hoje. Por que vocês não vão? É cheio de menina bonita lá, vão! – os dois escutam a sugestão de Dona Iraci e resolvem segui-la, afinal é uma chance ótima de encontrar Francisco do Nascimento.

Então chegando a casa de forró, os dois vão se impressionando com a “disposição” do pessoal diante as bebidas alcoólicas e a dançar em cima da mesa. Eles ficam completamente empolgados com o calor humano, com o “amor” no ar da casa, e por um momento eles pensam; Por que não somos humanos para aproveitar essa putaria? Logico que eles nunca vão negar o seus “cargos”, afinal esses cargos são vitalícios, nunca vão sair desse trabalho.

Enquanto o show da banda de Francisco não começa, o som ambiente já é forró, os dois fica por ali papeando, tendo as primeiras paqueras da vida, mas eles não sabem lhe dar com isso, é a frente deles. De repente a luz apaga, não é um apagão, alguém grita; - É AGORA! Eles ficam amendrotados, não fazem idéia do que vai acontecer ali, até que começa o som de um sanfona, um som impressionante, um solo incrível, a platéia fica louca e começa a gritar; - CHIQUINHO... CHIQUINHO... CHIQUINHO... A platéia fica louca, todos se empolgam na dança e então a banda inteira começa a tocar na empolgação da sanfona, o vocalista fala no microfone; - Simbora Chiquim!!!! Ieeeeeeeeiiiiiiiiiiii... Os dois sentem uma vontade imensa de dançar, mas mantém a postura de duas pessoas a trabalho.

Depois de umas dez musicas sem parar o clamado Chiquim vai ao microfone e fala; - ÊÊÊ Capistrano linda meu deus do céu! Aqui é lindo demais ein gente? Orrr menina linda essas ai... É como diz um amigo meu lá de Messejana em Fortaleza; “é muié que bate no mei das canela cumpadi!”. Depois de seu breve discuro ele sorri e pergunta para a platéia; - Vamo mais umaszinhas Capistrano? Foi exatamente ai que os dois (Paulo e se ajudante) entenderam o amor da cidade por Francisco do Nascimento, mais conhecido como Chiquim.

Depois da apresentação da banda de Francisco do Nascimento, o Chiquim, os dois entraram em contradição, pois não sabiam mais o que fazer na situação. Este homem era para ir morar na Suécia, entrou na porta errada veio bater em Capistrano, quando tomam conhecimento da situação vêem que o “caboco” é feliz, amado, querido pelo povo da cidade e possui um talento incrível na sanfona.



E agora? Que virá pela frente desta novela?

*Depois de algumas alterações na equipe de produção, estamos de volta com a novela.

Friday, November 17, 2006

Homenagem

*Estamos de Luto por Hoje

Aproximadamente há 79 anos nascia um grande jogador de futebol, um dos maiores nomes deste esporte. Suas características não eram bem de um jogador de futebol, muitos diziam que ele parecia mais com um garçom do que um jogador de futebol. Bem, estou falando do baixo, gordo, canhoto, cabelos na brilhantina e penteados para trás, com um chute fortíssimo e uma determinação incrível.

Estou falando de Ferenc Puskas, um dos grandes nomes do futebol húngaro. Você que lê, pode se perguntar quem foi este jogador tão fora dos padrões de jogadores de futebol, ainda mais húngaro. A Hungria no começo dos anos cinqüenta era forte seleção de futebol, seu time era determinado, tinha força e tudo que podia se querer numa equipe de futebol.

Começou jogando na equipe de sua cidade aos 16 anos, e em 2 anos já estava na seleção húngara, conquistando a medalha de ouro nas Olimpíadas de 1952, disputada em Helsinque – Finlândia e sendo vice-campeão do mundo de 1954 realizada na Suíça.

Ao longo de sua carreira marcou 1176 gols em 1300 partidas.

Puskas jogou na seleção de seu país, e devido a revolução na Hungria, ele recebeu a proposta de ir jogou no Real Madrid, ao lado de outros craques como Di Stefano, também do francês Kopa e do espanhol Gento. Puskas jogando em Madrid foi naturalizado espanhol, e assim atuando na seleção espanhola na Copa de 1962 no Chile.
Jogou até os 40 anos de idade, depois atuando como técnico nos (times) gregos Panathinaikos e AEK Atenas, no Colo-Colo do Chile e treinando também a seleção do Paraguai.

Acho que é tudo que tenho para falar sobre esse ícone do futebol. É uma pequena homenagem que faço a este jogador exemplar. Obrigado.

Monday, November 13, 2006

Obscuro

*Informo que essa é minha vigésima primeira postagem.

Eu simplesmente não consigo escrever sobre o que estou sentindo, talvez por ser uma sensação estranha a minha realidade, talvez por que não saber o que estou passando, talvez esteja mudando mais uma vez e não estou sabendo lidar com a esta nova sensação.

O fato é que sinto não ser mais a mesma pessoa de alguns dias atrás, sinto que tudo está sob nova direção (não aquela dos Domingos à noite), sinto que tudo que era duvida continua dúvida só que depois desse curto período estou tranquilo em relação a elas, sei que elas um dia deixarão de ser duvidas e se tornaram uma certeza, ou quem sabe estou apenas aceitando elas, não querendo mais obter suas respostas e somente conhecer-las.

Pois durante muito tempo em minha vida (não vou citar a letra do Roberto Carlos) tentei compreender essas dúvidas da maneira mais ignorante, tinha que responder-las, tinha que entendê-las de qualquer maneira, a qualquer custo. Essa inflexibilidade da minha cabeça me arruinava, deixava-me mais vulnerável do que já sou, me deixava na beira de qualquer abismo.

Hoje vejo tudo com mais clareza, talvez esse período de altas temperaturas cranianas fosse algo necessário, algo que fosse preciso passar, que deveria enfrentar com toda minha tranqüilidade, pois em diversos casos a força é desnecessária. Não sei desse período em outras pessoas, creio que todos passam por períodos assim. Lógico que em épocas diferentes de suas vidas. Imagine se todas as pessoas passassem por isto simultaneamente, talvez a raça humana estivesse extinta. Derrotada pelo que não se sabe o que é.



**Por motivos particulares a novela "A Sanfona" foi adiada. Sem previsão de novos capítulos. Lógico que a qualquer momento podemos realizar um novo capítulo. Obrigado.

Friday, October 27, 2006

Exerça o seu Direito.

Caro Leitor,

Devido a problemas pessoais, a produção da minissérie “A Sanfona” está parada. Então a direção do blog decidiu realizar uma pesquisa relacionada à causa dos problemas pessoais. Pois sem a leitura e participação de quem acompanha este blog, não seria possível a realização desta pesquisa. Vamos colocar abaixo deste informe algumas alternativas sobre o caso, lógico que se sua resposta não estiver entre as alternativas você poderá escrever a sua opinião. Gostaríamos de ir logo agradecendo a participação de vocês. Obrigado pela atenção.



Então dispomos as alternativas aqui abaixo;

a. O escritor da minissérie sofreu um acidente de moto e perdeu as mãos. Tragédia.

b. O avião que levava os atores de Capistrano para a cidade de Juazeiro do Norte caiu e todos morreram. Tragédia.

c. O ator que faz o Francisco do Nascimento perdeu todos os movimentos numa queda de cavalo. O que deixou o acidente muito estranho foi o fato de o cavalo estar parado. Tragédia.

d. O escritor da minissérie é péssimo, não sabe escrever, é totalmente um imbecil. Tragédia.

e. A coisa foi séria mesmo, não brinque com o que aconteceu.

f. Se você acha que tudo é uma farsa, e que o escritor está fazendo uma promoção da novela.

g. Ultima opção. Se nenhuma das outras é a sua, com certeza a “g” será. Escreva a sua opinião sobre. (Ponha a letra “g” antes de sua conclusão).

- A pesquisa foi inspirada pelo CD Radiodread do Easy Star All*Star. Versão do CD OK Computer do Radiohead.

Tuesday, October 24, 2006

A Sanfona

Primeiro Capítulo: O Engano

- Ei... Ei... Não é por ai! – gritou o rapaz desesperadamente. Depois do o grito houve o silêncio e então um perguntou ao outro:
- Paulo e agora? Ele entrou no lugar errado. O que vamos fazer? – Paulo sem reação sobre o erro que o jovem cometera, disse:
- Eu não sei o que iremos fazer, mas temos de fazer algo.
Depois de algumas horas nasce o novo habitante do mundo, de nome Francisco do Nascimento, nascido em Capistrano, interior do Ceará. O jovem Francisco era músico talentoso, possuía dotes de todos os instrumentos musicais, e com todo o talento que tinha, não podia ficar de fora, tocava numa banda de “For it all”, chamada Snake´s Pulse.

O que aconteceu foi o seguinte; Francisco do Nascimento entrou no túnel reencarnatorio errado, na verdade, ele iria para a Suécia, um lugar bem tranquilo, talvez frio demais, mas vale dizer que o espírito de Francisco passou diversas vidas morando em Zonas Tropicais, agora ele iria compensar tanto tempo no calor.

O fato era que o Departamento de Reencarnação havia cometido um erro grava, difícil de ser concertado. Então fizeram o seguinte: mandaram para a cidade de Capistrano, dois integrantes do Departamento, não para convencer Francisco de que tinha vindo para o lugar errado, e sim de saber como ia sua vida, pois era a ultima vez que ele vinha para este Plano. Os dois integrantes enviados foram exatamente Paulo e seu ajudante. Paulo estava um tanto quanto decepcionado, pois seu erro era de tirar o sono de qualquer cidadão, e seu ajudante estava receoso com a vinda para a Capistrano.

Ao chegarem lá, os dois não fazem idéia do que irão fazer, estão completamente atordoados com a chegada. Então resolvem perguntar aonde tem um lugar para se hospedar. Paulo como o representante da dupla vai perguntar a Recepcionista da empresa de ônibus que os levara para lá;
- Boa Tarde... – a moça com a cara de poucos amigos responde;
- Que é? – Paulo se assusta com a reação da moça, e pergunta;
- Aonde tem um lugar para se hospedar? – moça escutar fica calada e vai a procura do telefone de uma hospedagem em Capistrano, e então diz;
- Aqui macho rei, o nome do muié lá é Dona Iraci, é só falar com ela. – Paulo agradece e moça pela ajuda, e vai à busca da hospedagem. Chegando à hospedagem de Dona Iraci, ficam meio envergonhados, e então chama por Dona Iraci, ele logo responde;
- Calma Macho, já vai! - Dona Iraci sai de sua hospedagem e diz;
- Ha... vocês dois são os da rodoviária né? Pode entrar a menina lá me ligou e disse que vocês dois estavam vindo. – A dupla começou a sentir o clima de que tudo ia dar certo nessa busca. Foram conversando com Dona Iraci, conhecendo o local, conhecendo as pessoas que trabalhvam lá, até que ela pergunta a Paulo;
- O que vocês pretendem aqui? – Paulo fica meio sem saber que responder. E seu ajudante responde tomando sua frente;
- Estamos aqui a procura de um músico, um jovem com muito talento. – Dona Iraci por conhecer todos os habitantes de Capitrano pergunta:
- Qual o nome dele? – Paulo responde;
- É Francisco do Nascimento. – Dona Iraci arregala os olhos e diz;


*Se fosse na televisão seria uma minisérie.
Está desenvolvida por Rodrigo Colares, o "owner" do blog Epizona.

Wednesday, October 18, 2006

"Põe na mesa, pode por, um dia lembro!"

O que sempre vai para frente, estranha quando está parado. Do mesmo jeito que algo parado, quando anda fica tonto, correndo o risco de bater a cabeça contra o chão. Algo antes branco, quando se torna colorido fica altamente diferente, podendo retornar a cor inicial, o branco. Isso se deve a que? Por que não nos acostumamos a algo facilmente? Simplesmente porque existe algo chamado adaptação. Só por isso? Claro que não, há diversas outras respostas para a rejeição de algo novo, ou como queiram chamar.
De quem é culpa da falta de costume? É a adaptação? Não, não, isso é algo que não influi no processo de rejeição. A adaptação é algo diferente, é depois da aceitação, ou seja, a adaptação é um processo de evolução, por mais que seja a algo extremamente horrível, como dormir ao som de uma boate, ou de algo totalmente contrário a isso, que é o de se adaptar a dormir com sua esposa, ou companheira, pois nos dias de hoje nunca se sabe, há diversas relações.
A culpa dessa rejeição se dar a algo chamado de memória, é ela quem traz toda a rejeição da novidade (como já disse de qualquer espécie, seja ruim ou bom). A memória nos proporciona a volta ao nosso passado, isso que digo não é nenhuma novidade, à volta de nossas melhores lembranças, como a primeira namorada, o primeiro beijo, aquela relação sexual que tivemos, tudo de bom que vivemos, como também a volta dos piores momentos, como braço quebrado, como o primeiro fora, ou até situações piores. Então vejamos, a memória nos proporciona todo esse arquivo de nossas vivencias, porque então ela influi no processo de adaptação? Oura, simplesmente pelo fato de lembrarmos de como foi bom àquela vez, como teria sido se ela tivesse feito assim, ou assado, por isso que ela (a memória) dificulta o processo. Então como já disse, enfatizando melhor agora, a adaptação necessita de um esquecimento, de você abrir mão daquilo que era seguro, de abrir mão de tudo que mantinha você a salvo, ou seja, cabe a você decidir se vai abrir mão de tudo àquilo que mantinha você confortável, e também de sua disposição, de sua capacidade de ir com essa nova onda, de andar sobre ela, saber que ela lhe oferece perigo, mas estou me divertindo com ela.
Só fechando o assunto, nunca podemos nos comparar com vegetais, ou com animais, eles são bem diferentes de nós, isso também não é novidade, porém o efeito em cima destes são tão grandes quanto em nós, podendo necessitar do antigo caronte.



*Inspirações causadas por;
Filme Adaptação dirigido por Spike Jonze e roteiro de Charlie Kaufman
Do texto “À luz do surfista” de Charles Feitosa
Da música The Hand That Feeds do álbum With Teeth – Nine Inch Nails
Por minhas dificies adaptações.
**Tirando a última, todas as outras três inspirações servem como indicações.
***Caronte; é uma espécie de taxa paga ao barqueiro, este barqueiro nos levará a outra dimensão, a um local mais seguro para descansarmos em paz. Pode se ver bem isso no filme Tróia, dirigido por Wolfgang Petersen com Brad Pitt e Orlando Bloom no elenco.
****Título; faço alusão a Teoria da Tabulsa Rasa de John Locke, que diz que quando nascemos somos como um tela em branco, como uma mesa vazia, sem nada em cima, e com o decorrer de nossa vida [experiência, tentativa e erro], vamos pintando esse quadro, ou preenchendo a mesa, como é o caso que faço no título.

Friday, September 29, 2006

De que podemos nomear?

Disseram à criança que mal sabia andar:
- Sua vida vai ser maravilhosa, tudo vai ser lindo, ce vai ver só!
A criança foi crescendo, sempre com este pensamento na cabeça. O pensamento de que a vida seria boa com ela, que tudo ia ser realizado e perfeito. Chegando aos dez anos de idade, a criança praticando esportes, estudando aquele conteúdo, que é simples, apenas estudar e fazer o exercício que se aprende. Lógico que todos passamos por isso, de estudar e não querer estudar, de achar chato o estudo, de simplesmente não querer.
É de se concordar que quando somos criança, não sabemos o que é importante para nós. Só queremos brincar a aproveitar aquele pensamento de que tudo é maravilhoso, é que na verdade não temos noção disso, é algo que está no nosso inconsciente e continuamos a praticá-lo.
Sem saber de nada, vivemos maravilhosamente, e depois de um tempo longe começamos a descobrir o significado de expressões como: “passaram a mão na cabeça dele”. E então após descobrirmos esses significados, podemos ver o quanto enfeitaram nosso caminho, o quanto nossos familiares aliviaram a nossa realidade. Nosso caminho foi enfeitado com as melhores imagens que podíamos ter, foi recheado com os sentimentos mais verdadeiros, com toda dedicação das pessoas próximas de nós.
Poderíamos encarar essa mão em nossa cabeça como algo ruim, algo que nos tornou fraco para lidar com esta longa caminhada. Sim pode ser verdade, mas podemos ver pelo o outro lado da moeda, que é o de entender esse esforço, entender ele como preparação para a vida, como uma prévia, pois brincar com vida não é algo aconselhável.
Afinal, qual é o significado de viver? Será que é apenas lidar com a vida? A vida é muito mais do que uma simples resposta, a vida não é algo vago, é bem mais do que isso. A vida pode ser belíssima não só pelo fato de ter acontecimentos bons. Ela pode ser classifica assim, pelo que aconteceu ao longo dela. Pois todas as aventuras, todas as experiências, todas as descobertas, todos os acertos, e principalmente tudo que nos fez engrandecer, que podemos chamar simplesmente de erros, torna nossa vida mais interessante. Estes (erros) nos fazem sem sombra de dúvida engrandecer, ainda mais quando reconhecemos tais, pois trazem nossa afirmação de pessoa, nos torna forte para lidar com esta vida que foi tão... Tão... Tão...
Espero que cada um tenha seu significado para ela.

Friday, September 15, 2006

Aquele mesmo.

Sinto todo aquele sentimento de volta. Sinto toda a ambigüidade voltando, tanto aquela vontade de ter, como aquele vazio de não ter. Por um lado, quando estamos acompanhado desta pessoa vivemos um oceano de maravilha... Tudo perfeito... Tudo no lindo, simplesmente esquecemos do tempo, isso faz com que ele (tempo) passe muito rápido, vivemos ele com tanta intensidade que tudo existente fica desapercebido por nós. Aquele sorriso fácil recompensado com o beijo, toda aquela entrega ao outro, tudo aquilo que vale a pena viver.
Agora por outro lado, quando não estamos acompanhado, acontece justamente o contrario, nada é maravilha, nada de oceanos, e sim um mar de areia, todo aquilo repleto de vida, se torna seco, nos sentimos completamente vazios, sem fome, sem nenhuma vontade, o tempo demora a passar, tudo se torna inimigo, enfim toda a beleza antes existente desaparece.
Afinal o que este sentimento nos proporciona? Beleza por outro, Impaciência por outro? Viver este sentimento é constantemente ter essa ambigüidade dentro de nos, é ter a disposição pelo outro, a vontade de tê-lo perto, de tê-lo próximo. Essa ambigüidade é dissonante, porém extremamente linda, quando bem vivida. Quando não, é simplesmente lastimável, olhar pela janela deste abrigo e ver tudo que podia ser, e não é por conta da ambigüidade mal vivida.


**...and feel this coming over like storm again. H.Aenima.

Monday, September 11, 2006

Ahm? Nam, isso mesmo não.

Texto passado refleti sobre a morte, num pensamento distante, digo: fui longe refletindo sobre este inevitável acontecimento da vida. Afinal tudo que tem um começo, tem um fim. Então retomando, citei neste mesmo texto (A Morte), que vivemos no mundo da papelada. Como assim?
Imagine o que você é, depois veja o que o define, suas características e todos ao seu redor, agora me responda: Como vou saber que você é você mesmo? É fácil, é só você me dizer. Tudo bem, eu acredito em você, quem não acredita são as outras pessoas que irão pedir a sua carteira de identidade, e acredite são muitas, só ela diz quem você de verdade, lá tem sua foto, seu nome completo, o nome dos seus pais, aonde nasceu, em que ano foi editada a sua carteira. Então me diga o que você? Um papel com números, você só é você por conta dos papeis, chamados de documentos, realmente há uma diferença enorme, de papéis para documento, por favor, não me irrite.
Em todo canto tem papel, opa, desculpa, documentos que mostram quem você é, sua identidade, se você nasceu ou não, se casou, se foi batizado, se pode dirigir, enfim tudo que você for fazer é necessário ter “papeis” ou documentos. Comprar é uma das principais, veja que valor tem isso, um papel com números escritos vale cem reais, se bem que essa nota de cem é um fantasma, a vi pouquíssimas vezes, quando pequeno sim, agora depois de grande não a vejo, bate até uma saudade não é? (risos), voltando ao assunto, ela vale cem reais, mas uma pessoa fora da sociedade pode perguntar: Como assim vale cem reais? Por que vale esse dinheiro? Vale muito? O que é dinheiro? Eu com toda empolgação Jeca Tatuniana respondo: É papel, é papel amigo. E fica elas por elas, uma de cor azul vale cem, outra amarelada vale cinqüenta, uma outra azul vale dois, enfim cada cor difere o valor. Então é isso, tudo é que vale é papel, o que não é papel... Tenho que pensar bem antes de completar... Já sei... Vou até colocar um pequeno dialogo para finalizar legal.
Manuel Ricardo chega para Carlos Lucas e pergunta:
- E o que não é papel?
- E o que não é papel? É o que se compra.


***Os dois ultimos textos escrevi e coloquei aqui, deve ter erros da língua, peço desculpas pela mediocridade do que "vusfala".

Sunday, September 03, 2006

Morte.

“E quanto a morte?”

Um dia desses estava assistindo televisão e comecei a pensar nesse assunto, não sei se é importante pensar no fim da vida, mas de qualquer maneira pensava neste assunto, que no momento era pertinente.
Comecei a pensar nesse assunto logo após o almoço, tirei uma soneca e assim que acordei esse tema me veio a cabeça. Por quê? Não sei o porque de ter pensado nisso, só que veio na cabeça, então com o seguinte questionamento na cabeça: Quando eu morrer, como vai ser? Não sabia responder logo de cara, pode ser um questionamento fora da rotina, fiquei pensando sobre isso, como iria ser, o que ia acontecer, como a ficar as pessoas ao meu redor, se tinha aproveitado a vida, se tinha aproveitado essa chance, se volto, se é só uma vez que venho, se é ultima, se é a primeira, várias e várias interrogações a minha frente. Fiquei um tanto atordoado, tinha acabado de acordo e me vem esse pensamento, o que poderia pensar sobre essa situação? Tinha morrido? Não, não tinha morrido, apenas acordei com essa estranheza.
Levantei-me como um tolo pensando que se me levantasse meu corpo ficaria na cama deitado, isso se estivesse morto, mas não estava, tinha me levantado total. Procurei outra forma de achar que não estava morto, confirmar que ainda estava nesse plano, seja ele qual for, então decidi entrar na internet, nesse mundo virtual, vim até essa maquina, e entrei na internet, imediatamente pensei: no mundo da internet ninguém morrer, só deixamos de entrar nele, ou seja, isso quer dizer que nele já estamos mortos não é? Afinal se não revelarmos nossas senhas para outra pessoa, nunca deixaremos de existir (na internet), certo? Acho que é valido. Desisto de entrar nesse mundo morto, então a única forma de saber que não estou morto é ver alguém neste mundo, então saio de casa vou pra rua e vejo as pessoas, e vejo que não estou morto, sinto a brisa da rua, falo com meu vizinho e pronto, pelo menos sei que não morri, mas o questionamento da morte continua, pois quando morrer vou saber que estou morto? Ou simplesmente a apaga tudo e pronto? Não há explicação, não há preparação para nada, simplesmente acaba, ou será que somos avisados sobre que aconteceu? Vem alguém e nos convence de que acabou, de que não há mais contas a pagar, não há mais amor, apenas o seguinte: acabou.
De qualquer maneira, nunca morri antes, não sei como é o processo, sei que o processo aqui no mundo da papelada é horrível. Então espero que não seja doloroso. Termino citando a seguinte frase do filosofo: “Não sai da morte-cor da vida para falar da semântica da morte”.


*Na verdade essa frase foi de minha autoria, quis colocar de um filosofo pra ficar bonito.

Sunday, August 20, 2006

Camisa Azul e Camisa Verde: "At Last"

- Rapaz... você vai passar uma semana sem comer direito, só comendo “pasta”, ou seja, sorvete, sopa, iogurte, sem esforço o que é muito importante, tanto pra recuperação como pelos pontos que foi dado na sua boca. Tudo bem? – respondi com a boca dormente ainda.
- Claro, ficarei tranquilo. – na minha cabeça esse processo dos pontos era o mais tranqüilo de passar, era só relaxar, comer um sorvetizinho, uma sopinha, enfim que ia ser tudo bem.
Então depois da luta e instruções voltava pra casa, com o pensamento positivo, mas como dizem “pra tudo tem um preço”, comecei a perceber uma quantia exagerada de sangue na boca, isso me fez lembrar que no dente de cima estava aberto, o sangue descia tranquilamente, todo serelepe, então quando o carro parou, abri a porta da carro e cuspi o sangue acumulado na minha boca, quando fiz isso, olhei para o asfalto ainda quente do calor do dia e vi, aquele sangue no asfalto, era uma laminha da sangue, fiquei impressionado com a quantia. Durante o caminho o sangue voltava a acumular, e estava tranquilo com o sangue correndo, mais uma vez tive um pensamento sacana, que era: deixar acumular o sangue na minha boca e cuspir uma lama, deixar uma lama de sangue em algum lugar, foi quando minha mãe falou:
- Meu filho, vamo passar na padaria e comprar o sorvete logo, não é? – respondi.
- sim, claro, comprar logo. – assim que chegar em casa, tomo o sorvete [sorvete se toma, se come ou se bebe? É uma pergunta pertinente. Nada haver com o texto também.] Assim que paramos na padaria, ao lado dela, dei aquela cuspida, olhei pra ela com orgulho, lógico que um orgulho perverso, vi ela ali no chão, poça de sangue, devia estar bem quentinho ainda, continuava sangrando e eu continuava cuspindo, liguei o rádio para escutar uma música qualquer, aliviar a tensão, quando minha mãe chega com dois potes de sorvete, um de “chicabom” e o outro de “napolitano”, melhores sabores, e ela ainda trouxe uma garrafinha de iogurte Ninho, o Solei, com soja, muito bom também.
Chego em casa, com o sangue descendo ainda, o que antes foi duma diversãozinha para mim, se tornou verdadeiramente um pé no saco, me levantando direto pra cuspir, toda hora e todo instante, aquele incomodo, não precisa dizer que é chato, incomodo já é uma chatice, então decidi tomar uma tigela de sorvete, fui até a cozinha me servir do sorvete, chegando lá, o primeiro feito a se fazer era pegar uma tigela, percebi que as tigelas eram tigelinhas, não dava pra ficar comendo nelas na situação que me deparava, ia ficar me levantando pra me servir do sorvete, o mesmo tanto de ir cuspir, então vi aquele copão, um enorme copo que tinha no armário da cozinha, e disse: - é ele mesmo! Colocar logo muito sorvete e ficar tomando(comendo ou bebendo)e assistir televisão, quando tomava percebi um recheio diferente no sorvete, não tinha como me livrar dele, era algo inevitável, tomava sorvete, o napolitano, com recheio de sangue, era um sabor diferente, afinal não costumo tomar sangue, ainda mais fazer combinações com outras “comidas”, assim seguiu, digamos que o sorvete foi o meu jantar, era a única comida que podia no momento, com tanto sorvete tomado chega a hora de dormir. Na hora de dormir surgiu uma preocupação, como vai ficar esse sangramento? Vai parar? Não, não vai… Vai parar de sangrar só por que vou dormir? Claro que não. Sim, e dai? Como vai ser? Isso tudo passava na minha cabeça antes do dormir, coloquei um pote com areia pra cuspir nele e me deitei, acho que devido a perda do sangue, dormi fácil demais, me lembro que acordei pra cuspir o sangue que ainda descia.
Acordo no dia seguinte logo com dois problemas, primeiro, uma fome absurda juntamente com a lembrança de que não posso comer, segundo, um mau hálito insuportável, aquele cheiro de podre, horrível, cheirava mal, então ainda não podendo escova os dentes, dei uma chacoalhada com água, e depois com anti-séptico bucal, na verdade era pra ter usado desinfetante, ou cloro, ácido, algo mais brutal, por que tava ruim a situação, depois de feito isso, fiquei assistindo televisão e mais sorvete, sorvete, sorvete, sorvete, e mais sorvete, quando tomava sorvete percebi que dos dois lados da minha cama tinha cuspidas de sorvete, ri da situação, não acertei uma vez o pote, limpei as cuspidas, pra ficar ao menos apresentável o quarto. O sangue descia do dente extraído havia diminuído, assistindo filmes, lendo uma revistinha, como não podia fazer praticamente nada, fiquei quase que relaxando, quase por que? Porque quando você relaxa, você come, bebi, faz tudo isso tranquilo, e na situação nada disso era bem vindo, isso virou uma rotina, tomava(comia ou bebia) sorvete pra dormir e dormia pra tomar(comer ou beber) sorvete, passaram se os dias, tinha momento que ficava desesperado, todo mundo comendo na boa, comendo um carioquinha com manteiga e refrigerante, dando aquelas mordidas, mordidas com fome. Passado o tempo, entrava no cardápio a velha sopa, algo que não fazia tanta diferença, fazia diferença por ser comida quente, só tomava comida fria, quando terminava o sorvete ou iogurte, a boca ficava fria, era um estado horrível, sentia frio, e fora o enjôo, comecei a ficar enjoado de tanto sorvete, tanto doce, não sou muito fã de doce.
Acordo no domingo, por volta das dez horas da manhã, com a seguinte informação dita sem pena de mim, sem misericórdia: - Hoje vai ter um churrasco aqui em casa, vai vir o pessoal da família, ok? – o que poderia dizer naquele momento, o que iria fazer com relação a isso, ia achar ruim? Claro, isso eu podia, mas não podia impedir a festividade aqui em casa, talvez impediria se fosse o dono dela, mas não sou, então vou curtir a festa do jeito possível. Tomei um banho de manhã, coloquei uma roupa confortável, enquanto me vestia pensei, outro pensamento, falei pra mim mesmo: “só pela sacanagem”, não coloquei a roupa de baixo(famosa cueca), vou ficar no osso como se diz, uma blusa e uma chinelinha havaiana, fiquei no osso mesmo, não quis nem saber, quem vai me impedir disso? Oura mais, todo mundo vai comer carne da boa, comer feijoada deliciosa, comer tudo do bom e do melhor, beijar na boca da namorada, aqui na minha cara e eu vou ficar na coca-cola? Não, não... Se bem que é uma vingança altamente pessoal, altamente minha, só minha, ninguém vai nem saber disso, então fiquei no osso, com o maior prazer, achei super-confortável, aquele ventinho arejando, muito bom, pelo menos nisso fico realizado, tentei não pensar no churrasco, difícil demais, então passou, finalmente passou o churrasco, assim que passou o churrasco a batalha era outra, a do tempo, era só esperar pra comer com força, com fome, queria dar um grito naquele dia, (AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHH, finalmente tirar e comer, comer, sou carnívoro AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH, sou capitalista, consumidor, risos), queria gritar isso que está entre parênteses, fui dormir cedo, pra tirar logo de tardezinha os pontos.
Acordei na segunda-feira afim de comer, mas ainda não podia, esperei até o almoço pra alguém me levar pra tirar os pontos, me vesti com uma bermuda verde escuro e uma blusa verde mais claro, cheguei lá sorrindo, acho hoje que cheguei com a boca aberta, talvez não, sou meio abestado, mas nem tanto, cheguei no consultório, já tinha gente lá, mas como o meu problema era só tirar os pontos fui o primeiro, entrei falei com o colega Tarcisio, dentista, o velho procedimento voltava, abre a boca e uma peça de aço entra na minha boca, uma tesourinha desta vez, entra e vem o corte dos pontos, muito desconfortável tirar os pontos, dar uma agonia, é outra chatice, ocorreu tudo tranquilo, tudo pacifico, apesar do desconforto, me levantei feliz da vida com a tirada dos pontos, falei com o Doutor Tarcisio, agradeci tudo que ele fez, todo a força, literalmente, falei com sua assistente e sai do consultório, assim que sai e a porta foi fechada, um silencio, estava cego, tudo branco ou preto, uma tontura absurda, procurei forças e me sentei na sala de esperar, respirei fundo, senti o clima pensado, comecei a ver tudo novamente, suando frio... Urrrrrrrrrrrr... Era uma sensação chata, me tranqüilizei, pois isso devia ter se dado dá má alimentação da ultima semana, tomei um copo da água, e falei pro meu irmão: - Cara vamo comer, por favor! – fomos comer no melhor ícone capitalista, diria que naquela situação seria a seguinte frase: o melhor do capitalismo para uns do melhores capitalistas, não sou o melhor, o melhor é o Bill, vocês conhecem não é? Cheguei no “Mequedonaldis” com uma fome etíope e pedi o “Bigui Teisti”, molho de churrasco, comi com força o “sanduba”, delicioso, voltei pra casa, tranquilo, sem dentes e sem pontos, podendo comer animalescamente.


*Esta foi uma das odisséias dos últimos meses, não a melhor, ou a maior, mais uma ótima de ser contada. Obrigado a quem leu e comentou.

Sunday, August 06, 2006

Camisa Azul e Camisa Verde: "Returns"

Acordo no dia 26 e o primeiro pensamento do dia é:
- Puta que pariu é hoje!
Levanto-me sem empolgação para o dia, naquela onda de desanimo, devia ser umas dez horas da manhã, estava indignado, mas naquela altura não adiantava seguir com esse pensamento, era tomar um banho pra acordar e sair do quarto. E tinha vontade de tomar banho? Nem um pouco. O calor incomodava, estava suado por conta do ventilador que tinha parado de funcionar, olhei para ele com vontade de chuta-lo, quebrar inteiro, minha barba coçava, tinha amanhecido da pior maneira possível com o pior pensamento possível, de que tudo estava ruim e que tudo ia ser pior. E logo de manhã conclui: hoje é um dia pra esquecer. Então sem disposição entro debaixo do chuveiro, fico parado deixando a água passar pelo meu corpo, só sentindo água fria da manhã, tentando esfriar a cabeça, queria mais me molhar do que tomar um banho de vergonha, sai do banheiro me enxuguei e fui até a cozinha comer algo para esperar o almoço, comi um pão com manteiga e suco de uva, fiquei sentado assistindo televisão, flertando os canais, nada que prestasse passava naquela hora, fiquei assistindo alguns desenhos para tirar o pensamento besta da cabeça, então dessa maneira(monótona) foi até a hora do almoço. O almoço estava divino, estava delicioso, não sei se por conta das mãos de minha mãe que tinha feito o almoço, ou por conta de passar a próxima semana sem comer direito, apenas comidas “pastosos”, como sorvete, sopa, iogurte, comidas frias de preferências. Comi até bem no almoço, não foi a minha refeição ideal, mas deu pra encher a pança. Depois do almoço resolvi deitar, cochilei um pouco, logo em seguida tirei alguns acordes do violão, e quando perto da hora de ir ao dentista, tomei dois comprimidos de antiinflamatório, prevenindo alguma futura inflamação por conta da extração.
Três e quarenta e cinco da tarde, hora de ir. Coloco uma bermuda preta, uma blusa azul e uma alpargata. Decidi ir bem confortável, afinal vão extrair dois dentes e tenho de ir arrumado ainda? Claro que não. Tinha acabado de me vestir quando minha mãe me chama para ir. Íamos de carro, o caminho não era breve, um tanto distante. Chegando lá a ansiedade transbordava, queria logo entrar no consultório e extrair o dente. Me sentei na sala de espera, como essa combinação, ansiedade e espera, não é boa, fui pegando uma revista, olhando as estrelas da televisão brasileira, namorando, mostrando seus corpinhos e rostinhos lindos, descobrindo quem namorava quem, com quem Dado Dolabela sai, aonde Angelita Feijó dançava, lendo sobre algum acontecimento “Roliudiano”, vendo mais uma vez a beleza da Carol Castro, até que quando começava esquecer da extração escuto uma voz: - Rodrigo? – levantei o braço mostrando a minha presença, e quando a assistente do dentista viu disse: - Pode entrar. – com um sorriso lindo. Levantei e falei: - É, vamos lá!
Entrei no consultório do dentista, que por fazer a manutenção de meus dentinhos já é considera um amigo, o Doutor Tarcisio, assim que vi ele falei:
- Tudo bem Doutor? – ele respondeu
- Tudo ótimo, e você? Como vão os dentes? - sorriu
- É, estão aqui, tortos. – ele sorriu e disse:
- Não se preocupe, hoje dois deles saem. Vai ser tranqüilo, não dói nada, é só você ficar deitado aqui, eu coloco a anestesia, tiro os dois dentes e pronto, tudo vai ficar tranqüilo.
Sorri e pensei, claro que não vai ser SÓ isso, vai ter muito mais. Então me deitei naquela cadeira do consultório dentário imaginando como vai ser essa extração, torcia para que tudo fosse rápido e não desse nada errado. Deitado no consultório, conversamos um pouco, perguntei sobre os filhos dele, se ele tinha viajado, ele perguntou como tava o curso, quando ia começar, se estava gostando, até ele pedir pra mim abrir a boca e ele aplicar a anestesia, aplicada, esperamos alguns minutos, até ele dizer: - Pronto, deve estar dormente.
Ali começava umas das horas da vida. Começou colocando uma espécie de alavanca na minha boca, o dentista a usava pra empurrar o dente pros lados, para dentro da boca, depois para fora da boca, e de uma maneira estranha sentia o dente mexer, mas sem dor alguma, era uma sensação engraçada, escutava o dente saindo, como se você puxasse algo bem colado. Depois de usar essa alavanca ele pegou um alicate, esse tinha um formato agressivo, não dá para explicar exatamente como, seu formato me fazia pensar: “Ele vai colocar isso na minha boca? Que brutalidade!”, ele colocou esse alicate na minha boca, pegou o dente e puxou, uma, duas, três, na quarta vez o dente foi embora, e escutei o infeliz “descolando” da minha mandíbula, um som como um “Grrraaaaaahhhhhhh!”, me impressionei com a velocidade que o dente saiu, acho que até mesmo o Doutor Tarcisio ficou impressionado, foi muito rápido, era o dente debaixo, ele tinha dito que talvez esse dente fosse difícil de sair, mas saiu tranqüilo. Colocou gases no local do dente, o sangue saia com vontade, pegou a linha e agulha, deu os pontos e perguntou:
- Tudo bem? – respondi:
- Tudo, foi rápido, só espero que minha mandíbula esteja no lugar. – fiquei imaginando se tinha saído mesmo, direcionei o olhar para a bandeja das ferramentas e vi o dente, aquele absurdo de dente, e vi aquilo que nos falam, de que a raiz do dente é bem maior do que ele. Respiramos um pouco até a anestesia do dente superior.
“Vamos lá?”, falou o Doutor Tarcisio com toda disposição. Sem outra escolha concordei com ele, então veio a outra anestesia, um pouco mais de dialogo até ficar dormente o dente. Depois da dormência veio novamente a alavanca, já que o debaixo foi tão rápido, imaginei que esse também fosse. A alavanca empurrava meu dente para um lado, depois para o outro, tinha a mesma sensação estranha, sentia e não sentia o dente “descolando”. Sai alavanca entra o alicate, e o dentista puxava, puxava, dava um trabalho absurdo, para o dente sai, puxava, puxava, escutando o dente “descolando”, o dente de cima estava dando trabalho, segurava a minha cabeça e mexia o alicate de um lado para o outro, numa briga épica, puxava com toda força o dente, era uma briga intensa, meu dente lutava para ficar, me dizia de alguma forma que sua vontade era ficar e trabalhar no processo digestivo do meu organismo, implorava por mais um tempo entre seus colegas de gengiva, depois de tanta discórdia comecei a escutar uma voz, bem baixinha, era ele se despedindo de cada colega, aos vizinhos molares deixava a função de atacante, a função de completar a jogada, de fazer a finalização, aos colegas de meia-boca, os pré-molares dizia para armar melhor as jogadas, trabalhar bem o meio campo, deixando bem mastigada a jogada, aos pontas, os caninos, dizia para fincar na comida, furar o mais fundo possível, ir com toda vontade e aos vizinhos mais distantes, os incisivos, dizia para não brincar, fazer a pegada forte, dar bem as mordidas, depois te todo o discurso e luta, viu que tinha que sair e não mais atrapalhar a posição dos outros, ficaria tudo melhor sem ele e então saiu, saiu feliz por deixar os outros confortáveis, com sua saída, o sangue jorrava, sai do buraco do colega extraído, e então foi colocada gases para estancar o sangramento, já que não se dar pontos no dente superior.
Depois de toda essa luta, começava outro processo, desconhecido. Doutor Tarcisio extraiu os dois dentes, e me falou que depois de um tempo ele iria arrancar os outros dois, e me disse:...

Saturday, August 05, 2006

Camisa Azul e Camisa verde: "Begins"

- Tá Marcado! – falou minha mãe. Sem entender do que se tratava perguntei:
- O que ta marcado? – ela falou:
- A extração do seus dentes meu filho.
O tremor nas pernas da juventude batera na minha porta, difícil é aquele que escapa dessa famosa experiência. Antes de ela ter me falado pensava na extração sim, mas era um pensamento distante, como se essa experiência fosse algo longe de mim, que não pudesse se torna minha realidade. Então pensei, mais cedo ou mais tarde vou ter que tira-los, todo mundo tira e sobrevive pra contar, apesar das historias sobre extração desses dentes que nascem com um propósito, nascem para serem tirados, ou seja, é um propósito desnecessário. As historias contadas sobre a extração desses não são boas, as vezes você chega para falar com um amigo que já tirou e diz: - Cara eu vou tirar os “cisos” - na mesma hora ele diz: - Égua! Chato demais! Talvez uma reação assim seja a mais educada, seja a mais superficial, pois a maioria reage com expressões faciais horríveis, de dor, de desgosto, de pura indignação com esses dentes.
Então com aquele pensamento pertinente, “ter que tirar os dentes é de lascar”, aquilo me atormentava, era como estar apaixonado e lembrar da amada a todo instante, dos seus lábios macios, sua pele lisa, aquele rosto a rosto, todo o toque intimo, o cheiro do pescoço, todo aquele carinho e amor passado entre os dois, MAASSS não era da sensação e sim da pertinência do pensamento, não posso cometer esse crime de comparar a extração de dentes com a pessoa amada, por favor, não pensem nisso, posso escrever mal, mas não farei isso.
E minhas férias assim foram passando, toda aquela alegria das férias, toda aquela liberdade, o shopping sem compromisso, aquele banho de mar necessário, aquele encontro com amigos, a saída com a talvez amada, conhecer um lugar não muito agradável, a desilusão no amor, e lá no alto, acima de tudo, o pensamento, o tormento, o inútil, o infeliz dente “ciso”, que aparecia sempre como um convidado desnecessário, como um penetra em todo momento de prazer, lógico, que ele não destruía o momento, ele apenas era um chato presente.
Passando o tempo e cada vez mais perto da extração, minha ansiedade tomava conta de tudo, o crescendo tomava conta de mim, não conseguia pensar mais em outra coisa, nem em música, nem em sopa, só na extração, e quando chega perto de algo você fica com dois desejos, um de chegar logo e tirar logo os dentes, acontecer de uma vez e pronto, e o outro de algo acontecer e você não precisar mais tira-los, e de fato, nem um nem outro acontecerá, pois o tempo não vai passar rápido e o que irá acontecer pra você não tirar os dentes? Difícil a resposta.
Finalmente Dia 26, acordo...

Thursday, August 03, 2006

Décima Postagem. = O Camisa 10

Perguntei e tive a respota, recebi um desafio, vamos ver se consigo ter sucesso nele.
Venho aqui explicar o por que desta postagem antes da extração dos dentes. Como o processo da extração foi grande, diria quase eternos, resolvi fazer 3(começo, meio e fim)postagens sobre a extração, as proximas três postagens serão só sobre a extração dos dentes. Se tornou uma historia ganhando nome e tudo mais, não imaginava isso.
Será <> "Camisa Azul e Camisa Verde". <> Obrigado.

Tuesday, July 25, 2006

Só pra Postar. SPC.

- Ein?!?
Foi a primeira reação sobre o texto, não entendi o que o individuo quis dizer, mas o mais provável de compreender era que ele não tinha entendido nada, mas por que? Escrevi tão mal assim? Não sei, melhor mostrar para outra pessoa.
Mostrei.
- Ahhhhhh... você falou sobre os filósofos numa bela metáfora, adorei seu texto.
Hum. Primeiro elogio, mas não falei sobre filósofos. Então melhor mostra a um terceiro.
Mostrei.
- Parabéns!
Esperei algum acréscimo, mas foi só isso mesmo que foi dito pela terceira pessoa. Devo mostrar a uma quarta? É... vou sim, está ficando divertido.
Mostrei.
- Nossa... que nojento! Você tem coragem de mostrar isso a mim? Não tem vergonha na cara? Olhe para mim. Sou uma dama, uma senhora de família. Você não tem respeito por ninguém. Idiota.
Acho que mostrei o texto errado, era errado mesmo. (risos). É como falei, está divertido, a reação da senhora, foi ótima. Não pedi desculpas, pois sair correndo, ia levar uma sova do pessoal ao meu redor. Mostra a uma quinta? É, não custa nada.
O mostrei pela quinta e ultima vez.
- Hum? Perdoe, estou sem trocado.
Estou mal vestido então.
Com essa odisséia que passei, decidi apagar o texto, realmente era ruim, ou quem sabe estava mostrando as pessoas erradas, não importa mais. Já era! Ou "jaé" como diz o carioca.

*Churrasco de Domingo.
Andando pela rua, um individuo gritou:
“EI, ESCRITOR DO EPIZONA!!”
Respondi:
“SOCORRO!!! SOCORRO!!!”
Devia ser uma agressor.

*Pergunto:
Amanhã, dia 26, às 16h, vou arrancar meus dentes(cisos).
Devo escrever sobre a extração deles?

Saturday, July 01, 2006

Este clona o título.

Continua a mudança do ser, nunca parada, sempre constante, ou inconstante. Mudanças que são como revolta, mudanças que vem de pouquinho em pouquinho, mudando o ser, o transformando em algo desconhecido, em uma interrogação, interrogação que vem crescendo e tomando de conta dessa.

*Em contrução.

Friday, June 23, 2006

Brasileiro: Idiota como nunca. Por um brasileiro.

- Eu odeio o brasileiro! Odeio o motorista brasileiro que dirige mal, que quer passar por cima do outro numa avenida, estrada, ou ruazinha, esta ultima tão apertada que não cabe 2 carros emparelhados... Odeio o pedestre brasileiro, que insiste em andar no meio da rua, achando que mais cedo ou mais tarde um carro NÃO irá passar por cima dele... Odeio o caminhoneiro brasileiro, que por anda por esse Brasilzão a dentro, se acha O dono da estrada... Odeio o torcedor brasileiro, que acha que sabe mais do que o técnico da seleção brasileira... Odeio o jogador brasileiro que atua no Brasil, que acha que por ter um dos números(1 a 11), nas costas se senti o craque da bola... Odeio o narrador brasileiro, que tem uma bela voz, boa entonação, mas na hora de pôr a cabeça pra pensar, o máximo que consegue é falar uma porção recheada de estrumo... Odeio o músico pop brasileiro, que por vender 25mil cópias de sua chamada “obra de arte”, acha que é muita merda... Odeio o eleitor brasileiro, esse com total certeza é o pior de todos, que acha que está revolucionando o país com seu voto, que acha que vai por O Político no cargo de presidente... Odeio o sistema judiciário brasileiro, não falarei sobre... Odeio o pedreiro brasileiro... Hummmm, talvez esteja exagerando...

- Que é isso companheiro? Agente dá aquele jeitnho brasileiro nisso, beleza?

- (risos) nunca tive tanta raiva do brasileiro.

**Eu, Rodrigo, só fiz a pergunta do texto. Pisco um olho e dou um sorriso sarcástico a todos.

Wednesday, June 14, 2006

Alguém que não foi embora.

Não acredito!!! Que de todas as imagens do mundo, a minha ultima seria esta, um revolver entrando na minha boca, o que vejo é, o tambor, minha mão no gatilho e a televisão ligada, passando algo, como sempre desnecessário. Esta ultima imagem me fez refletir, talvez pela ultima vez, esta sendo minha ultima imagem do mundo em que tentei viver. Ele pode ser considerado um lugar tão maravilhoso, pelo menos por mim, ahhhh eu tentei ver beleza aqui, não consegui, ninguém dividiu o sofrimento, fiquei agüentando durante anos o sofrimento, não consegui achar ninguém que fizesse isso ir embora, foi tudo muito... Foi como viver sem vida, não dá pra explicar, o que posso dizer é que o estilo da vida que vivi, mostrou o fim dela.
Para quem por acaso chegar a ver esta carta, tente entender, que aqui foi um ser humano, um homo sapiens, que tentou tudo para continuar aqui, espero que não se abale, apesar da imagem que ver, entre outras que verá no mundo, não seja a mais bela, a não ser que seja um... Desculpe a palavra, doente. Certeza se perguntará por que um homem se mata no mundo hoje, ou por que apenas o faz, recomendo que se pergunte o contrario, como alguém pode viver nesse mundo, não balance a cabeça, por favor, queria que respeitasse o meu direito, não sei o tenho, nunca fui bom aluno mesmo, de qualquer forma, se a morte é uma viagem, eu fui no balcão comprar, me desculpem.
Ahhhh mais outra coisa que este cadáver chato que vê na sua frente pede, não se preocupe, pois tudo que vê ao meu redor, pode ser doado, roubado, ou qualquer outra forma de não pertencer mais a mim, claro estou morto, apenas ligue para o número do rabecão, já que não tenho condições de chamá-lo, que eles vão saber o que fazer, ou seja todo o procedimento de “encomendar” um individuo.

A quem fica desejo uma Boa Sorte, de todo o coração... Inclusive eu.

Thursday, June 01, 2006

Um(idiota) com outro

**[Por que resolvi por parágrafos]

Eu: Hey... presta atenção aqui numa coisa que já sabia, mas nunca mais tinha lembrado, hoje pelo que aconteceu, aconteceu muita coisa, mas nada de importante que vá marcar a minha vida, foi somente o que aconteceu, tipo acordar, levantar, tomar uma banho, enfim a velha rotina, entendi? E desde cedo, depois de ter acordado de um susto, fiquei percebendo o que já sabia, ou o que não sabia, enfim tive a revelação de sempre, que eu não sei de nada, “como assim não sei de nada?”, pensei. Ora, é simples de responder, eu posso me fazer mil perguntas e talvez eu mesmo não saiba responder, nem fazer idéia do que estou falando, são perguntas fáceis de serem elaboradas, como “por que o céu é azul?”, não é?, mas você pode estar falando ai agora, “ahhhhhhhhhhh assim não vale, ninguém sabe disso...”, claro que sim, tem muita gente que sabe, tem mais de 1milhão de cientistas no mundo(inventei esse número), creio que muitos deles sabem o por que do céu ser azul, você não acha? Pois é, ou também alguem pode me perguntar sobre como fazer um celular, eu com simplicidade direi, “não faço a mínima idéia.”, é difícil. As vezes chega a seguinte idéia na cabeça de qualquer individuo, “eu sei muita coisa, ainda bem.” Por lado é bom, mas a ignorância é linda demais...
Outro falando: oushhhee...
Eu: Tem gente por ai dizendo que a China nunca foi socialista, (risos).
Outro falando:Ta vendo como você sabe.
Eu: È nessa questão, sim, mas em milhões de outras não, tem vários exemplos que posso mostrar o quanto não sei de nada,
Outro falando: que é isso rapaz?
Eu: Não entendo mesmo, é fato.
Outra falando: Olha eu acho que você ta se enganando aê, rapaz, você sabe muito, é um jovem de potencial, não... não... não... nem faça essa cara, você sabe muito rapaz, claro que não, não tou querendo levantar ninguém, isso é que o fato, você sabe... você ta me escutando jovem? É bom mesmo você escutar, pois se não estiver, você realmente não sabe nada, estou apenas querendo lhe dar uns conselhos, escute com os ouvidos bem abertos, sou seu amigo, colega, estou querendo lhe fazer bem, você tá entedendo?
Eu: Você realmente não prestou atenção, vou derrubar todo o teu falatório com uma pergunta simples, que foi com ela que tudo começou, ok?
Outro falando: Ok, fala sabichão...
Eu: Pra que saber de tudo?
Outro: HEY intelectuais, que vocês conversam a horas ai?
Outro falando, apenas calado pensando, escutando a pergunta do outro, e pensando calado, como eu tinha passado o dia, ficou pensando, pensando, e falou: - Realmente você sabe muito.
Eu apenas balancei a cabeça negativamente.

Monday, May 22, 2006

Medo

“Eu aposto que você não consegue!”

Uma afirmativa. Imagine o medo imposto por estas palavras. Poucas palavras que podem nos derrubar, uma vez escutada você sempre lembrará delas, não importa o envolvimento, o que importa é o significado que elas impõem... são apenas palavra de um ponto de vista, de um ponto de vista, porém através de outros, quando juntas, você tem um belo peso para a não realização, palavras que por serem tão, mas tão inofensivas separadas, exigirão imensos esforços contra seus significados, faça uma imagem disso... imagine seus pensamentos no momento da escuta desta, quase que uma ofensa, imagine sua respiração, seus batimentos cardíacos, imagine os outros momentos de duvidas já passados por você, imagine o seu dilema, de conseguir ou não, de tentar, imagine seu resultado, imagine todos os momentos de glorias já realizados por você, dos momentos que o brilho das cores daqueles foram levados a pirotecnia delas, dos momentos em que sua garganta deparada com um nó cego, que lagrimas vieram a descer ao longo de seu rosto, ao longo de sua face, com o imenso sentimento de alegria, com aquela euforia, aquela “não saber que fazer” que passamos, nos faz saber o quanto a vida tem sim seus momentos impagáveis e sim, inimagináveis, inexplicáveis, uma serie de momentos que deixamos nosso pequeno e oculto “eu” escapar através de nosso corpo.

Se dizem que o oposto da vida é a morte, diria, assim como Danuza Leão, que é o medo.

Saturday, April 29, 2006

Preto no branco tudo que via...

Estava andando, sozinho, olhando ao meu redor sentindo cada passo pesado, sentindo o peso nos meus ombros, me perguntava sobre este peso que carregava, esta ancora que carregava para cima e para baixo com toda inocência, carregava e me perguntava se era certo andar com esse peso que me cansava a cada passo, se era ao menos uma fraqueza minha, e sempre ficava aquele pequeno ar de que nada ia dar certo, que minha fraqueza era maior do que eu, que o peso que carregava era uma obrigação, ficava angustiado, ficava chateado, ficava com aquela sensação misturada, entre calor, suor, chateação e a maior de todas naquele momento, derrota, era o pior sentimento que já havia sentido, era tanta coisa que rodeava minha cabeça, e nada que pudesse me animar, nada que pudesse me mostrar animação, nenhum sorriso para dividir, era como se estivesse preso, preso dentro de mim, com vários companheiro indesejáveis, e ao mesmo tempo me deparava só... chegou um momento que não sabia mais o que fazer, não sabia, me perguntava sobre mim., sobre que fazer, e deduzi que mais um companheiro chegava para dividir espaço na minha cabeça, dentro de mim, era tanta coisa... tentava respirava, tentava andar, tentava, tentava... tentava... pensava, respirava... imaginava... chorava... tentava me secar do suor do ressentimento... tentava... de tudo... por que não podia simplesmente admitir meu fim, seria ele, não, não... não seria... a ressurreição desse sentimento era com uma mentira escrita na minha consciência... era tudo mentira... como faço... que faço... que devo.... que não devo... sentia o desabrochar desses companheiros indesejáveis... sentia um infinidade... sentia meu corpo ser algo mais do que somente eu... sentia a energia me circulando como uma dissonância, me circulando, me cercando, me prendendo, me deixando surdo de tudo que mais importa... me deixando de fora me desrespeitando... até que escutei um grito... um grito que veio de fora para dentro de mim... um grito que atravessou minhas linhas físicas... senti esse grito dentro dos meu ossos... lá dentro... mexendo comigo... após o grito fiquei apenas com o silencio, nenhum companheiro mais ali, ninguém para dividir espaço, apenas a calmaria... apenas um brilho...no meio da escuridão... mas não era um brilho forte, era uma pequena luz que mexia comigo, que me deixou concentrado nela, que me intrigou, que me vez mais uma vez sentir que eu não era só um, era mais do que mente, corpo e alma, que eu era um continuação de tudo existente, era uma sensação inexplicável... escutava e não escutava, via e não via, sentia a temperatura e não a sentia, não sabia se realmente estava lá mesmo, se tinha ido para outro lugar, talvez aonde ninguém estivesse ido, então fui me levantando leve, me sentia sem pesos adjacentes, não sentia mais culpa, não sentia mais agulhas entrando em meu corpo, não sentia mais rancor, então vi que aquela ancora que carregava com inocência foi tirada de meus ombros, coloca no lugar mais simples de todos, o chão, então com esse simples gesto vi o quanto era insignificante aquilo que tinha sentido, essas pequenas agulhas, porém várias, me fizeram ver que a vida precisa de cicatrizes, preciso de erros, para nos tornamos energia e em algo mais que não sabemos, apenas sai de mim, sai por um satisfatório momento, sai de meio corpo e vi uma imagem que falou e me explicou, talvez o que nunca entendesse o que tinha passado... a imagem era um lugar escuro com um pequeno feixe de luz, ele era suficiente para mim, me vi saindo da escuridão e entrando na claridade, na pequena claridade que buscava. E só então escutei...

“A culpa é um saco de tijolos, por que tenta o carregar?”

Sem palavras, fiquei calado, aceitando a dor de minha reflexão.

Friday, April 14, 2006

Esses.

Esses.

Falo com toda indignação sobre indivíduos que não sabem o que são e acham que são algo, e isso que acham que são, é algo super diferente, dizendo... “não, eu não sou assim...”, altamente e insuportavelmente hipócrita, quando escuto isso fico a pensar sobre esses indivíduos que dividem espaço comigo, esses não sabem de nada, e ficam falando por ai, espalhando com toda vontade de deixar explicito o que odeiam, e o que acham que conhecem, aquilo que odeiam são a si mesmas, é ridículo, falo isso como um desabafo, sei que esses novatos, que acham que são veteranos, nunca vão mudar, nunca, isso eu sei, mas sabendo disso é que vem a razão de meu desabafo, o que uma pessoa dessa quer, falando de futilidades, falando de coisas que não valem nada, de inúmeras coisas que não tem a mínima importância pra seu ninguém, é bom e interessante que essas pessoas que não passam de copias das copias ridículas de gente que não vale nada, fiquem exatamente aonde estão, que não mudem seu discurso, porque simplesmente essas “personalidades” precisam existir para provar o contrario delas, é bom você poder olhar o negativo da foto, e também é ao mesmo tempo revoltante e gratificante, e saber diferenciar esses.

Tuesday, April 11, 2006

Dizem que são as boas lembranças que ficam... Dizem que os melhores ventos são o de julho e agosto... Dizem que tudo tem seu tempo... Dizem que a vida é justa... Dizem que todo homem tem sua mulher... Dizem até que nada é impossível... Dizem e falam sobre todos os sentimentos que o homem tem, falam sobre tudo, dão razões a todo tipo de sentimento, para tristeza, se da apoio que é sempre bem recebido, para a alegria se da o melhor sorriso, sorriso que transparece todo o sentimento, para a raiva tenta se dar a paciência, que neste tão incontrolável sentimento, se dar ao ridículo luxo de dispensa-la...