Sunday, August 20, 2006

Camisa Azul e Camisa Verde: "At Last"

- Rapaz... você vai passar uma semana sem comer direito, só comendo “pasta”, ou seja, sorvete, sopa, iogurte, sem esforço o que é muito importante, tanto pra recuperação como pelos pontos que foi dado na sua boca. Tudo bem? – respondi com a boca dormente ainda.
- Claro, ficarei tranquilo. – na minha cabeça esse processo dos pontos era o mais tranqüilo de passar, era só relaxar, comer um sorvetizinho, uma sopinha, enfim que ia ser tudo bem.
Então depois da luta e instruções voltava pra casa, com o pensamento positivo, mas como dizem “pra tudo tem um preço”, comecei a perceber uma quantia exagerada de sangue na boca, isso me fez lembrar que no dente de cima estava aberto, o sangue descia tranquilamente, todo serelepe, então quando o carro parou, abri a porta da carro e cuspi o sangue acumulado na minha boca, quando fiz isso, olhei para o asfalto ainda quente do calor do dia e vi, aquele sangue no asfalto, era uma laminha da sangue, fiquei impressionado com a quantia. Durante o caminho o sangue voltava a acumular, e estava tranquilo com o sangue correndo, mais uma vez tive um pensamento sacana, que era: deixar acumular o sangue na minha boca e cuspir uma lama, deixar uma lama de sangue em algum lugar, foi quando minha mãe falou:
- Meu filho, vamo passar na padaria e comprar o sorvete logo, não é? – respondi.
- sim, claro, comprar logo. – assim que chegar em casa, tomo o sorvete [sorvete se toma, se come ou se bebe? É uma pergunta pertinente. Nada haver com o texto também.] Assim que paramos na padaria, ao lado dela, dei aquela cuspida, olhei pra ela com orgulho, lógico que um orgulho perverso, vi ela ali no chão, poça de sangue, devia estar bem quentinho ainda, continuava sangrando e eu continuava cuspindo, liguei o rádio para escutar uma música qualquer, aliviar a tensão, quando minha mãe chega com dois potes de sorvete, um de “chicabom” e o outro de “napolitano”, melhores sabores, e ela ainda trouxe uma garrafinha de iogurte Ninho, o Solei, com soja, muito bom também.
Chego em casa, com o sangue descendo ainda, o que antes foi duma diversãozinha para mim, se tornou verdadeiramente um pé no saco, me levantando direto pra cuspir, toda hora e todo instante, aquele incomodo, não precisa dizer que é chato, incomodo já é uma chatice, então decidi tomar uma tigela de sorvete, fui até a cozinha me servir do sorvete, chegando lá, o primeiro feito a se fazer era pegar uma tigela, percebi que as tigelas eram tigelinhas, não dava pra ficar comendo nelas na situação que me deparava, ia ficar me levantando pra me servir do sorvete, o mesmo tanto de ir cuspir, então vi aquele copão, um enorme copo que tinha no armário da cozinha, e disse: - é ele mesmo! Colocar logo muito sorvete e ficar tomando(comendo ou bebendo)e assistir televisão, quando tomava percebi um recheio diferente no sorvete, não tinha como me livrar dele, era algo inevitável, tomava sorvete, o napolitano, com recheio de sangue, era um sabor diferente, afinal não costumo tomar sangue, ainda mais fazer combinações com outras “comidas”, assim seguiu, digamos que o sorvete foi o meu jantar, era a única comida que podia no momento, com tanto sorvete tomado chega a hora de dormir. Na hora de dormir surgiu uma preocupação, como vai ficar esse sangramento? Vai parar? Não, não vai… Vai parar de sangrar só por que vou dormir? Claro que não. Sim, e dai? Como vai ser? Isso tudo passava na minha cabeça antes do dormir, coloquei um pote com areia pra cuspir nele e me deitei, acho que devido a perda do sangue, dormi fácil demais, me lembro que acordei pra cuspir o sangue que ainda descia.
Acordo no dia seguinte logo com dois problemas, primeiro, uma fome absurda juntamente com a lembrança de que não posso comer, segundo, um mau hálito insuportável, aquele cheiro de podre, horrível, cheirava mal, então ainda não podendo escova os dentes, dei uma chacoalhada com água, e depois com anti-séptico bucal, na verdade era pra ter usado desinfetante, ou cloro, ácido, algo mais brutal, por que tava ruim a situação, depois de feito isso, fiquei assistindo televisão e mais sorvete, sorvete, sorvete, sorvete, e mais sorvete, quando tomava sorvete percebi que dos dois lados da minha cama tinha cuspidas de sorvete, ri da situação, não acertei uma vez o pote, limpei as cuspidas, pra ficar ao menos apresentável o quarto. O sangue descia do dente extraído havia diminuído, assistindo filmes, lendo uma revistinha, como não podia fazer praticamente nada, fiquei quase que relaxando, quase por que? Porque quando você relaxa, você come, bebi, faz tudo isso tranquilo, e na situação nada disso era bem vindo, isso virou uma rotina, tomava(comia ou bebia) sorvete pra dormir e dormia pra tomar(comer ou beber) sorvete, passaram se os dias, tinha momento que ficava desesperado, todo mundo comendo na boa, comendo um carioquinha com manteiga e refrigerante, dando aquelas mordidas, mordidas com fome. Passado o tempo, entrava no cardápio a velha sopa, algo que não fazia tanta diferença, fazia diferença por ser comida quente, só tomava comida fria, quando terminava o sorvete ou iogurte, a boca ficava fria, era um estado horrível, sentia frio, e fora o enjôo, comecei a ficar enjoado de tanto sorvete, tanto doce, não sou muito fã de doce.
Acordo no domingo, por volta das dez horas da manhã, com a seguinte informação dita sem pena de mim, sem misericórdia: - Hoje vai ter um churrasco aqui em casa, vai vir o pessoal da família, ok? – o que poderia dizer naquele momento, o que iria fazer com relação a isso, ia achar ruim? Claro, isso eu podia, mas não podia impedir a festividade aqui em casa, talvez impediria se fosse o dono dela, mas não sou, então vou curtir a festa do jeito possível. Tomei um banho de manhã, coloquei uma roupa confortável, enquanto me vestia pensei, outro pensamento, falei pra mim mesmo: “só pela sacanagem”, não coloquei a roupa de baixo(famosa cueca), vou ficar no osso como se diz, uma blusa e uma chinelinha havaiana, fiquei no osso mesmo, não quis nem saber, quem vai me impedir disso? Oura mais, todo mundo vai comer carne da boa, comer feijoada deliciosa, comer tudo do bom e do melhor, beijar na boca da namorada, aqui na minha cara e eu vou ficar na coca-cola? Não, não... Se bem que é uma vingança altamente pessoal, altamente minha, só minha, ninguém vai nem saber disso, então fiquei no osso, com o maior prazer, achei super-confortável, aquele ventinho arejando, muito bom, pelo menos nisso fico realizado, tentei não pensar no churrasco, difícil demais, então passou, finalmente passou o churrasco, assim que passou o churrasco a batalha era outra, a do tempo, era só esperar pra comer com força, com fome, queria dar um grito naquele dia, (AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHH, finalmente tirar e comer, comer, sou carnívoro AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH, sou capitalista, consumidor, risos), queria gritar isso que está entre parênteses, fui dormir cedo, pra tirar logo de tardezinha os pontos.
Acordei na segunda-feira afim de comer, mas ainda não podia, esperei até o almoço pra alguém me levar pra tirar os pontos, me vesti com uma bermuda verde escuro e uma blusa verde mais claro, cheguei lá sorrindo, acho hoje que cheguei com a boca aberta, talvez não, sou meio abestado, mas nem tanto, cheguei no consultório, já tinha gente lá, mas como o meu problema era só tirar os pontos fui o primeiro, entrei falei com o colega Tarcisio, dentista, o velho procedimento voltava, abre a boca e uma peça de aço entra na minha boca, uma tesourinha desta vez, entra e vem o corte dos pontos, muito desconfortável tirar os pontos, dar uma agonia, é outra chatice, ocorreu tudo tranquilo, tudo pacifico, apesar do desconforto, me levantei feliz da vida com a tirada dos pontos, falei com o Doutor Tarcisio, agradeci tudo que ele fez, todo a força, literalmente, falei com sua assistente e sai do consultório, assim que sai e a porta foi fechada, um silencio, estava cego, tudo branco ou preto, uma tontura absurda, procurei forças e me sentei na sala de esperar, respirei fundo, senti o clima pensado, comecei a ver tudo novamente, suando frio... Urrrrrrrrrrrr... Era uma sensação chata, me tranqüilizei, pois isso devia ter se dado dá má alimentação da ultima semana, tomei um copo da água, e falei pro meu irmão: - Cara vamo comer, por favor! – fomos comer no melhor ícone capitalista, diria que naquela situação seria a seguinte frase: o melhor do capitalismo para uns do melhores capitalistas, não sou o melhor, o melhor é o Bill, vocês conhecem não é? Cheguei no “Mequedonaldis” com uma fome etíope e pedi o “Bigui Teisti”, molho de churrasco, comi com força o “sanduba”, delicioso, voltei pra casa, tranquilo, sem dentes e sem pontos, podendo comer animalescamente.


*Esta foi uma das odisséias dos últimos meses, não a melhor, ou a maior, mais uma ótima de ser contada. Obrigado a quem leu e comentou.

Sunday, August 06, 2006

Camisa Azul e Camisa Verde: "Returns"

Acordo no dia 26 e o primeiro pensamento do dia é:
- Puta que pariu é hoje!
Levanto-me sem empolgação para o dia, naquela onda de desanimo, devia ser umas dez horas da manhã, estava indignado, mas naquela altura não adiantava seguir com esse pensamento, era tomar um banho pra acordar e sair do quarto. E tinha vontade de tomar banho? Nem um pouco. O calor incomodava, estava suado por conta do ventilador que tinha parado de funcionar, olhei para ele com vontade de chuta-lo, quebrar inteiro, minha barba coçava, tinha amanhecido da pior maneira possível com o pior pensamento possível, de que tudo estava ruim e que tudo ia ser pior. E logo de manhã conclui: hoje é um dia pra esquecer. Então sem disposição entro debaixo do chuveiro, fico parado deixando a água passar pelo meu corpo, só sentindo água fria da manhã, tentando esfriar a cabeça, queria mais me molhar do que tomar um banho de vergonha, sai do banheiro me enxuguei e fui até a cozinha comer algo para esperar o almoço, comi um pão com manteiga e suco de uva, fiquei sentado assistindo televisão, flertando os canais, nada que prestasse passava naquela hora, fiquei assistindo alguns desenhos para tirar o pensamento besta da cabeça, então dessa maneira(monótona) foi até a hora do almoço. O almoço estava divino, estava delicioso, não sei se por conta das mãos de minha mãe que tinha feito o almoço, ou por conta de passar a próxima semana sem comer direito, apenas comidas “pastosos”, como sorvete, sopa, iogurte, comidas frias de preferências. Comi até bem no almoço, não foi a minha refeição ideal, mas deu pra encher a pança. Depois do almoço resolvi deitar, cochilei um pouco, logo em seguida tirei alguns acordes do violão, e quando perto da hora de ir ao dentista, tomei dois comprimidos de antiinflamatório, prevenindo alguma futura inflamação por conta da extração.
Três e quarenta e cinco da tarde, hora de ir. Coloco uma bermuda preta, uma blusa azul e uma alpargata. Decidi ir bem confortável, afinal vão extrair dois dentes e tenho de ir arrumado ainda? Claro que não. Tinha acabado de me vestir quando minha mãe me chama para ir. Íamos de carro, o caminho não era breve, um tanto distante. Chegando lá a ansiedade transbordava, queria logo entrar no consultório e extrair o dente. Me sentei na sala de espera, como essa combinação, ansiedade e espera, não é boa, fui pegando uma revista, olhando as estrelas da televisão brasileira, namorando, mostrando seus corpinhos e rostinhos lindos, descobrindo quem namorava quem, com quem Dado Dolabela sai, aonde Angelita Feijó dançava, lendo sobre algum acontecimento “Roliudiano”, vendo mais uma vez a beleza da Carol Castro, até que quando começava esquecer da extração escuto uma voz: - Rodrigo? – levantei o braço mostrando a minha presença, e quando a assistente do dentista viu disse: - Pode entrar. – com um sorriso lindo. Levantei e falei: - É, vamos lá!
Entrei no consultório do dentista, que por fazer a manutenção de meus dentinhos já é considera um amigo, o Doutor Tarcisio, assim que vi ele falei:
- Tudo bem Doutor? – ele respondeu
- Tudo ótimo, e você? Como vão os dentes? - sorriu
- É, estão aqui, tortos. – ele sorriu e disse:
- Não se preocupe, hoje dois deles saem. Vai ser tranqüilo, não dói nada, é só você ficar deitado aqui, eu coloco a anestesia, tiro os dois dentes e pronto, tudo vai ficar tranqüilo.
Sorri e pensei, claro que não vai ser SÓ isso, vai ter muito mais. Então me deitei naquela cadeira do consultório dentário imaginando como vai ser essa extração, torcia para que tudo fosse rápido e não desse nada errado. Deitado no consultório, conversamos um pouco, perguntei sobre os filhos dele, se ele tinha viajado, ele perguntou como tava o curso, quando ia começar, se estava gostando, até ele pedir pra mim abrir a boca e ele aplicar a anestesia, aplicada, esperamos alguns minutos, até ele dizer: - Pronto, deve estar dormente.
Ali começava umas das horas da vida. Começou colocando uma espécie de alavanca na minha boca, o dentista a usava pra empurrar o dente pros lados, para dentro da boca, depois para fora da boca, e de uma maneira estranha sentia o dente mexer, mas sem dor alguma, era uma sensação engraçada, escutava o dente saindo, como se você puxasse algo bem colado. Depois de usar essa alavanca ele pegou um alicate, esse tinha um formato agressivo, não dá para explicar exatamente como, seu formato me fazia pensar: “Ele vai colocar isso na minha boca? Que brutalidade!”, ele colocou esse alicate na minha boca, pegou o dente e puxou, uma, duas, três, na quarta vez o dente foi embora, e escutei o infeliz “descolando” da minha mandíbula, um som como um “Grrraaaaaahhhhhhh!”, me impressionei com a velocidade que o dente saiu, acho que até mesmo o Doutor Tarcisio ficou impressionado, foi muito rápido, era o dente debaixo, ele tinha dito que talvez esse dente fosse difícil de sair, mas saiu tranqüilo. Colocou gases no local do dente, o sangue saia com vontade, pegou a linha e agulha, deu os pontos e perguntou:
- Tudo bem? – respondi:
- Tudo, foi rápido, só espero que minha mandíbula esteja no lugar. – fiquei imaginando se tinha saído mesmo, direcionei o olhar para a bandeja das ferramentas e vi o dente, aquele absurdo de dente, e vi aquilo que nos falam, de que a raiz do dente é bem maior do que ele. Respiramos um pouco até a anestesia do dente superior.
“Vamos lá?”, falou o Doutor Tarcisio com toda disposição. Sem outra escolha concordei com ele, então veio a outra anestesia, um pouco mais de dialogo até ficar dormente o dente. Depois da dormência veio novamente a alavanca, já que o debaixo foi tão rápido, imaginei que esse também fosse. A alavanca empurrava meu dente para um lado, depois para o outro, tinha a mesma sensação estranha, sentia e não sentia o dente “descolando”. Sai alavanca entra o alicate, e o dentista puxava, puxava, dava um trabalho absurdo, para o dente sai, puxava, puxava, escutando o dente “descolando”, o dente de cima estava dando trabalho, segurava a minha cabeça e mexia o alicate de um lado para o outro, numa briga épica, puxava com toda força o dente, era uma briga intensa, meu dente lutava para ficar, me dizia de alguma forma que sua vontade era ficar e trabalhar no processo digestivo do meu organismo, implorava por mais um tempo entre seus colegas de gengiva, depois de tanta discórdia comecei a escutar uma voz, bem baixinha, era ele se despedindo de cada colega, aos vizinhos molares deixava a função de atacante, a função de completar a jogada, de fazer a finalização, aos colegas de meia-boca, os pré-molares dizia para armar melhor as jogadas, trabalhar bem o meio campo, deixando bem mastigada a jogada, aos pontas, os caninos, dizia para fincar na comida, furar o mais fundo possível, ir com toda vontade e aos vizinhos mais distantes, os incisivos, dizia para não brincar, fazer a pegada forte, dar bem as mordidas, depois te todo o discurso e luta, viu que tinha que sair e não mais atrapalhar a posição dos outros, ficaria tudo melhor sem ele e então saiu, saiu feliz por deixar os outros confortáveis, com sua saída, o sangue jorrava, sai do buraco do colega extraído, e então foi colocada gases para estancar o sangramento, já que não se dar pontos no dente superior.
Depois de toda essa luta, começava outro processo, desconhecido. Doutor Tarcisio extraiu os dois dentes, e me falou que depois de um tempo ele iria arrancar os outros dois, e me disse:...

Saturday, August 05, 2006

Camisa Azul e Camisa verde: "Begins"

- Tá Marcado! – falou minha mãe. Sem entender do que se tratava perguntei:
- O que ta marcado? – ela falou:
- A extração do seus dentes meu filho.
O tremor nas pernas da juventude batera na minha porta, difícil é aquele que escapa dessa famosa experiência. Antes de ela ter me falado pensava na extração sim, mas era um pensamento distante, como se essa experiência fosse algo longe de mim, que não pudesse se torna minha realidade. Então pensei, mais cedo ou mais tarde vou ter que tira-los, todo mundo tira e sobrevive pra contar, apesar das historias sobre extração desses dentes que nascem com um propósito, nascem para serem tirados, ou seja, é um propósito desnecessário. As historias contadas sobre a extração desses não são boas, as vezes você chega para falar com um amigo que já tirou e diz: - Cara eu vou tirar os “cisos” - na mesma hora ele diz: - Égua! Chato demais! Talvez uma reação assim seja a mais educada, seja a mais superficial, pois a maioria reage com expressões faciais horríveis, de dor, de desgosto, de pura indignação com esses dentes.
Então com aquele pensamento pertinente, “ter que tirar os dentes é de lascar”, aquilo me atormentava, era como estar apaixonado e lembrar da amada a todo instante, dos seus lábios macios, sua pele lisa, aquele rosto a rosto, todo o toque intimo, o cheiro do pescoço, todo aquele carinho e amor passado entre os dois, MAASSS não era da sensação e sim da pertinência do pensamento, não posso cometer esse crime de comparar a extração de dentes com a pessoa amada, por favor, não pensem nisso, posso escrever mal, mas não farei isso.
E minhas férias assim foram passando, toda aquela alegria das férias, toda aquela liberdade, o shopping sem compromisso, aquele banho de mar necessário, aquele encontro com amigos, a saída com a talvez amada, conhecer um lugar não muito agradável, a desilusão no amor, e lá no alto, acima de tudo, o pensamento, o tormento, o inútil, o infeliz dente “ciso”, que aparecia sempre como um convidado desnecessário, como um penetra em todo momento de prazer, lógico, que ele não destruía o momento, ele apenas era um chato presente.
Passando o tempo e cada vez mais perto da extração, minha ansiedade tomava conta de tudo, o crescendo tomava conta de mim, não conseguia pensar mais em outra coisa, nem em música, nem em sopa, só na extração, e quando chega perto de algo você fica com dois desejos, um de chegar logo e tirar logo os dentes, acontecer de uma vez e pronto, e o outro de algo acontecer e você não precisar mais tira-los, e de fato, nem um nem outro acontecerá, pois o tempo não vai passar rápido e o que irá acontecer pra você não tirar os dentes? Difícil a resposta.
Finalmente Dia 26, acordo...

Thursday, August 03, 2006

Décima Postagem. = O Camisa 10

Perguntei e tive a respota, recebi um desafio, vamos ver se consigo ter sucesso nele.
Venho aqui explicar o por que desta postagem antes da extração dos dentes. Como o processo da extração foi grande, diria quase eternos, resolvi fazer 3(começo, meio e fim)postagens sobre a extração, as proximas três postagens serão só sobre a extração dos dentes. Se tornou uma historia ganhando nome e tudo mais, não imaginava isso.
Será <> "Camisa Azul e Camisa Verde". <> Obrigado.