Monday, December 24, 2012

Nosotros

A cor que vi ontem é sobrenatural. Extraordinária. Sensacional. Confunde meus sentidos. Sinto cheiro pelos ouvidos, escuto pelo nariz, vejo com a boca e beijo com os olhos. Absurdo. Isso mesmo, contrário à razão ou á lógica. Se isso já me ocorreu?! Não, não me ocorreu antes. Tudo aquilo que sei de amor e de cor foi embora, desapareceu, perdeu a validade. Existe validade para a verdade?! Pouco me interessa e estou falando de um sentimento. Algo longe, distante do racional. Tão distante, mas tão distante... É outra história. E isso tudo acontece nos 'meus couro', sinto na pele isto. "Isto o quê, Rodrigo?".Acredito que é amor.

Thursday, December 20, 2012

A luz amarela do Sol na Lua e nas Palhas do Coqueiro

"A mesma luz lá de cima, é a mesma de cá, ma" falo eu pra você.

Se tem uma coisa que quero ver todo dia, é teu sorriso. Porque ele não é só seu sorriso, ele é meu também. A sua boca, sorridente, de lábios de mel... De mel é batido, clichê. Seus lábios são mais que mel, envolvem uma maciez que, na verdade, transborda por todo seu corpo. Você. Seus olhos redondos de simpatia. Hipnóticos. Nunca quis tanto beijar, me exceder, me viciar em um ser. Quando caminho em tua direção, que percebo teu olhar, que meu sorriso saí, e voa, e voa. É um sentimento, um suspiro de quem chegou ao seu destino. "Cheguei".

Tuesday, December 04, 2012

O Pinguim da Messejana


Não faz tanto tempo assim. Lembro como hoje, como agora... Tenho boa memória, mas não confio nela, enfim, saí do assunto por natureza e volto dizendo da visão mais encantadora da minha vida. Sem exageros, sem sensacionalismos. Sou jornalista hoje e, a confiança novamente, acredito que devo ser o que sou por conta desse acontecimento. Mudou minha vida, minha trajetória. Na verdade, mudou nossas vidas, de todos messejanenses para sempre, para a eternidade. Jamais esqueceremos. Eu jamais esquecerei das feições dos vizinhos, dos taxistas, dos mecânicos da perimetral, do Zé de Barro que puto da vida dizia: "Isso é uma vergonha rapaz!", do Papagaio (ex-craque do Salgado da Gama, time tradicional do bairro da Messejana) piscando alcoolicamente os olhos sem acreditar no que vê, dos meus pais encantados com aquilo e sem saber o que dizer para mim. Penso hoje: Como era a minha feição? O que transmitia? O que passava pela cabeça de uma criança messejanense que via este momento histórico?