Friday, September 29, 2006

De que podemos nomear?

Disseram à criança que mal sabia andar:
- Sua vida vai ser maravilhosa, tudo vai ser lindo, ce vai ver só!
A criança foi crescendo, sempre com este pensamento na cabeça. O pensamento de que a vida seria boa com ela, que tudo ia ser realizado e perfeito. Chegando aos dez anos de idade, a criança praticando esportes, estudando aquele conteúdo, que é simples, apenas estudar e fazer o exercício que se aprende. Lógico que todos passamos por isso, de estudar e não querer estudar, de achar chato o estudo, de simplesmente não querer.
É de se concordar que quando somos criança, não sabemos o que é importante para nós. Só queremos brincar a aproveitar aquele pensamento de que tudo é maravilhoso, é que na verdade não temos noção disso, é algo que está no nosso inconsciente e continuamos a praticá-lo.
Sem saber de nada, vivemos maravilhosamente, e depois de um tempo longe começamos a descobrir o significado de expressões como: “passaram a mão na cabeça dele”. E então após descobrirmos esses significados, podemos ver o quanto enfeitaram nosso caminho, o quanto nossos familiares aliviaram a nossa realidade. Nosso caminho foi enfeitado com as melhores imagens que podíamos ter, foi recheado com os sentimentos mais verdadeiros, com toda dedicação das pessoas próximas de nós.
Poderíamos encarar essa mão em nossa cabeça como algo ruim, algo que nos tornou fraco para lidar com esta longa caminhada. Sim pode ser verdade, mas podemos ver pelo o outro lado da moeda, que é o de entender esse esforço, entender ele como preparação para a vida, como uma prévia, pois brincar com vida não é algo aconselhável.
Afinal, qual é o significado de viver? Será que é apenas lidar com a vida? A vida é muito mais do que uma simples resposta, a vida não é algo vago, é bem mais do que isso. A vida pode ser belíssima não só pelo fato de ter acontecimentos bons. Ela pode ser classifica assim, pelo que aconteceu ao longo dela. Pois todas as aventuras, todas as experiências, todas as descobertas, todos os acertos, e principalmente tudo que nos fez engrandecer, que podemos chamar simplesmente de erros, torna nossa vida mais interessante. Estes (erros) nos fazem sem sombra de dúvida engrandecer, ainda mais quando reconhecemos tais, pois trazem nossa afirmação de pessoa, nos torna forte para lidar com esta vida que foi tão... Tão... Tão...
Espero que cada um tenha seu significado para ela.

Friday, September 15, 2006

Aquele mesmo.

Sinto todo aquele sentimento de volta. Sinto toda a ambigüidade voltando, tanto aquela vontade de ter, como aquele vazio de não ter. Por um lado, quando estamos acompanhado desta pessoa vivemos um oceano de maravilha... Tudo perfeito... Tudo no lindo, simplesmente esquecemos do tempo, isso faz com que ele (tempo) passe muito rápido, vivemos ele com tanta intensidade que tudo existente fica desapercebido por nós. Aquele sorriso fácil recompensado com o beijo, toda aquela entrega ao outro, tudo aquilo que vale a pena viver.
Agora por outro lado, quando não estamos acompanhado, acontece justamente o contrario, nada é maravilha, nada de oceanos, e sim um mar de areia, todo aquilo repleto de vida, se torna seco, nos sentimos completamente vazios, sem fome, sem nenhuma vontade, o tempo demora a passar, tudo se torna inimigo, enfim toda a beleza antes existente desaparece.
Afinal o que este sentimento nos proporciona? Beleza por outro, Impaciência por outro? Viver este sentimento é constantemente ter essa ambigüidade dentro de nos, é ter a disposição pelo outro, a vontade de tê-lo perto, de tê-lo próximo. Essa ambigüidade é dissonante, porém extremamente linda, quando bem vivida. Quando não, é simplesmente lastimável, olhar pela janela deste abrigo e ver tudo que podia ser, e não é por conta da ambigüidade mal vivida.


**...and feel this coming over like storm again. H.Aenima.

Monday, September 11, 2006

Ahm? Nam, isso mesmo não.

Texto passado refleti sobre a morte, num pensamento distante, digo: fui longe refletindo sobre este inevitável acontecimento da vida. Afinal tudo que tem um começo, tem um fim. Então retomando, citei neste mesmo texto (A Morte), que vivemos no mundo da papelada. Como assim?
Imagine o que você é, depois veja o que o define, suas características e todos ao seu redor, agora me responda: Como vou saber que você é você mesmo? É fácil, é só você me dizer. Tudo bem, eu acredito em você, quem não acredita são as outras pessoas que irão pedir a sua carteira de identidade, e acredite são muitas, só ela diz quem você de verdade, lá tem sua foto, seu nome completo, o nome dos seus pais, aonde nasceu, em que ano foi editada a sua carteira. Então me diga o que você? Um papel com números, você só é você por conta dos papeis, chamados de documentos, realmente há uma diferença enorme, de papéis para documento, por favor, não me irrite.
Em todo canto tem papel, opa, desculpa, documentos que mostram quem você é, sua identidade, se você nasceu ou não, se casou, se foi batizado, se pode dirigir, enfim tudo que você for fazer é necessário ter “papeis” ou documentos. Comprar é uma das principais, veja que valor tem isso, um papel com números escritos vale cem reais, se bem que essa nota de cem é um fantasma, a vi pouquíssimas vezes, quando pequeno sim, agora depois de grande não a vejo, bate até uma saudade não é? (risos), voltando ao assunto, ela vale cem reais, mas uma pessoa fora da sociedade pode perguntar: Como assim vale cem reais? Por que vale esse dinheiro? Vale muito? O que é dinheiro? Eu com toda empolgação Jeca Tatuniana respondo: É papel, é papel amigo. E fica elas por elas, uma de cor azul vale cem, outra amarelada vale cinqüenta, uma outra azul vale dois, enfim cada cor difere o valor. Então é isso, tudo é que vale é papel, o que não é papel... Tenho que pensar bem antes de completar... Já sei... Vou até colocar um pequeno dialogo para finalizar legal.
Manuel Ricardo chega para Carlos Lucas e pergunta:
- E o que não é papel?
- E o que não é papel? É o que se compra.


***Os dois ultimos textos escrevi e coloquei aqui, deve ter erros da língua, peço desculpas pela mediocridade do que "vusfala".

Sunday, September 03, 2006

Morte.

“E quanto a morte?”

Um dia desses estava assistindo televisão e comecei a pensar nesse assunto, não sei se é importante pensar no fim da vida, mas de qualquer maneira pensava neste assunto, que no momento era pertinente.
Comecei a pensar nesse assunto logo após o almoço, tirei uma soneca e assim que acordei esse tema me veio a cabeça. Por quê? Não sei o porque de ter pensado nisso, só que veio na cabeça, então com o seguinte questionamento na cabeça: Quando eu morrer, como vai ser? Não sabia responder logo de cara, pode ser um questionamento fora da rotina, fiquei pensando sobre isso, como iria ser, o que ia acontecer, como a ficar as pessoas ao meu redor, se tinha aproveitado a vida, se tinha aproveitado essa chance, se volto, se é só uma vez que venho, se é ultima, se é a primeira, várias e várias interrogações a minha frente. Fiquei um tanto atordoado, tinha acabado de acordo e me vem esse pensamento, o que poderia pensar sobre essa situação? Tinha morrido? Não, não tinha morrido, apenas acordei com essa estranheza.
Levantei-me como um tolo pensando que se me levantasse meu corpo ficaria na cama deitado, isso se estivesse morto, mas não estava, tinha me levantado total. Procurei outra forma de achar que não estava morto, confirmar que ainda estava nesse plano, seja ele qual for, então decidi entrar na internet, nesse mundo virtual, vim até essa maquina, e entrei na internet, imediatamente pensei: no mundo da internet ninguém morrer, só deixamos de entrar nele, ou seja, isso quer dizer que nele já estamos mortos não é? Afinal se não revelarmos nossas senhas para outra pessoa, nunca deixaremos de existir (na internet), certo? Acho que é valido. Desisto de entrar nesse mundo morto, então a única forma de saber que não estou morto é ver alguém neste mundo, então saio de casa vou pra rua e vejo as pessoas, e vejo que não estou morto, sinto a brisa da rua, falo com meu vizinho e pronto, pelo menos sei que não morri, mas o questionamento da morte continua, pois quando morrer vou saber que estou morto? Ou simplesmente a apaga tudo e pronto? Não há explicação, não há preparação para nada, simplesmente acaba, ou será que somos avisados sobre que aconteceu? Vem alguém e nos convence de que acabou, de que não há mais contas a pagar, não há mais amor, apenas o seguinte: acabou.
De qualquer maneira, nunca morri antes, não sei como é o processo, sei que o processo aqui no mundo da papelada é horrível. Então espero que não seja doloroso. Termino citando a seguinte frase do filosofo: “Não sai da morte-cor da vida para falar da semântica da morte”.


*Na verdade essa frase foi de minha autoria, quis colocar de um filosofo pra ficar bonito.