Friday, September 15, 2006

Aquele mesmo.

Sinto todo aquele sentimento de volta. Sinto toda a ambigüidade voltando, tanto aquela vontade de ter, como aquele vazio de não ter. Por um lado, quando estamos acompanhado desta pessoa vivemos um oceano de maravilha... Tudo perfeito... Tudo no lindo, simplesmente esquecemos do tempo, isso faz com que ele (tempo) passe muito rápido, vivemos ele com tanta intensidade que tudo existente fica desapercebido por nós. Aquele sorriso fácil recompensado com o beijo, toda aquela entrega ao outro, tudo aquilo que vale a pena viver.
Agora por outro lado, quando não estamos acompanhado, acontece justamente o contrario, nada é maravilha, nada de oceanos, e sim um mar de areia, todo aquilo repleto de vida, se torna seco, nos sentimos completamente vazios, sem fome, sem nenhuma vontade, o tempo demora a passar, tudo se torna inimigo, enfim toda a beleza antes existente desaparece.
Afinal o que este sentimento nos proporciona? Beleza por outro, Impaciência por outro? Viver este sentimento é constantemente ter essa ambigüidade dentro de nos, é ter a disposição pelo outro, a vontade de tê-lo perto, de tê-lo próximo. Essa ambigüidade é dissonante, porém extremamente linda, quando bem vivida. Quando não, é simplesmente lastimável, olhar pela janela deste abrigo e ver tudo que podia ser, e não é por conta da ambigüidade mal vivida.


**...and feel this coming over like storm again. H.Aenima.

2 comments:

Anonymous said...

Texto lindo, Rodrigo.
Mas acho que nunca senti isso que tu tá descrevendo não.. ou então encarei de outra forma, sei lá..
:*

Elis Campos said...

Rodrigo

Esse post me lembrou da famosa frase do Nelson Rodrigues:

"Não se pode amar e ser feliz ao mesmo tempo"

É meio triste mas, pra ser sincera, parece que, realmente, é verdade.Os assuntos do coração são demasiado terríveis!
Publiquei ontem à noite novo post no Sete.Agora sim!


Abraço
da Elis :-)