Sunday, September 03, 2006

Morte.

“E quanto a morte?”

Um dia desses estava assistindo televisão e comecei a pensar nesse assunto, não sei se é importante pensar no fim da vida, mas de qualquer maneira pensava neste assunto, que no momento era pertinente.
Comecei a pensar nesse assunto logo após o almoço, tirei uma soneca e assim que acordei esse tema me veio a cabeça. Por quê? Não sei o porque de ter pensado nisso, só que veio na cabeça, então com o seguinte questionamento na cabeça: Quando eu morrer, como vai ser? Não sabia responder logo de cara, pode ser um questionamento fora da rotina, fiquei pensando sobre isso, como iria ser, o que ia acontecer, como a ficar as pessoas ao meu redor, se tinha aproveitado a vida, se tinha aproveitado essa chance, se volto, se é só uma vez que venho, se é ultima, se é a primeira, várias e várias interrogações a minha frente. Fiquei um tanto atordoado, tinha acabado de acordo e me vem esse pensamento, o que poderia pensar sobre essa situação? Tinha morrido? Não, não tinha morrido, apenas acordei com essa estranheza.
Levantei-me como um tolo pensando que se me levantasse meu corpo ficaria na cama deitado, isso se estivesse morto, mas não estava, tinha me levantado total. Procurei outra forma de achar que não estava morto, confirmar que ainda estava nesse plano, seja ele qual for, então decidi entrar na internet, nesse mundo virtual, vim até essa maquina, e entrei na internet, imediatamente pensei: no mundo da internet ninguém morrer, só deixamos de entrar nele, ou seja, isso quer dizer que nele já estamos mortos não é? Afinal se não revelarmos nossas senhas para outra pessoa, nunca deixaremos de existir (na internet), certo? Acho que é valido. Desisto de entrar nesse mundo morto, então a única forma de saber que não estou morto é ver alguém neste mundo, então saio de casa vou pra rua e vejo as pessoas, e vejo que não estou morto, sinto a brisa da rua, falo com meu vizinho e pronto, pelo menos sei que não morri, mas o questionamento da morte continua, pois quando morrer vou saber que estou morto? Ou simplesmente a apaga tudo e pronto? Não há explicação, não há preparação para nada, simplesmente acaba, ou será que somos avisados sobre que aconteceu? Vem alguém e nos convence de que acabou, de que não há mais contas a pagar, não há mais amor, apenas o seguinte: acabou.
De qualquer maneira, nunca morri antes, não sei como é o processo, sei que o processo aqui no mundo da papelada é horrível. Então espero que não seja doloroso. Termino citando a seguinte frase do filosofo: “Não sai da morte-cor da vida para falar da semântica da morte”.


*Na verdade essa frase foi de minha autoria, quis colocar de um filosofo pra ficar bonito.

4 comments:

Aborto Social said...

que bom q vc gostou... é sempre bom ver que ilustres desconhecidos andam por aqui...

teus textos são bons

me add no teu blog

Heloísa Pinheiro said...

Pode até parecer ignorancia ou covardia da minha parte fechar os olhos e ouvidos para esse assunto. Mas eu não vejo assim...
Vida Una e Minha.

Viver em demasia requer um pouco de desleixo.. então prefiro me "rotular" como desleixada! .)

PS: Vi que "conheceu" o meu amigo "Aborto Social" hehhehhe..
.D

PS2: Beijo .*

Anonymous said...

rapaz, tu filosofou legal aih sobre a morte num foi?
uehuehuehuehueh
mas isso nunca aconteceu comigo. jah aconteceu de achar que fosse morrer logo, mas nunca de achar que tinha morrido..

Anonymous said...

É bom flertar com a bela filha do homem! Fica em paz brow!!