Tuesday, April 17, 2007

Do dia 12 a 15 de abril



O velho e bom Hard Rock me "leva" à São Paulo

Como de costume, bandas que tenho grande admiração não comparecem na região nordeste, vem mais para o eixo Rio - São Paulo, então o que me resta a fazer? Ir pra lá claro, afinal não posso perder a chance de ver meus ídolos. Baseado nesta situação e na minha vontade, “me taco” para São Paulo para ver essas duas bandas que cresci escutando, sendo uma formada da fusão de outras duas, o Velvet Revolver que reúne músicos do Guns N’ Roses (GNR) e do Stone Temple Pilots (STP), e a outra mais clássica, o Aerosmith. Então pegando as promoções das companhias aéreas, comprei a passagem bem antes dos shows, garantido logo minha ida, já que não posso gastar muito. E devido a uma grande amizade (Diego On The Water) em São Paulo pude adquirir o ingresso no mesmo período das passagens sem maiores complicações.

Depois da compra da passagem, nos brasileiros ficamos apreensivos, pois nunca se sabe o que pode acontecer nesses tempos de apagão aéreo. De repente posso perder o vôo e adeus a imagem dos ídolos ao vivo. Mas graças às figuras que comanda este país, deu tudo certinho, pude partir no horário marcado.

Chegando a São Paulo as cinco da matina com o dia inteiro pela frente, com tempo disponível até o Domingo, fui aproveitar a cidade, dar uma voltar por ela, relembrar a admiração que tenho por essa cidade, pois sempre vim à cidade e sempre admirei a maneira como funciona e todas as outras qualidades, lógico que há também os contras, mas nada que afete a minha admiração por ela. Fui à Galeria do Rock, na Teodoro Sampaio, ver belíssimos instrumentos musicas lá, fui à Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), que hoje virou museu devido à tecnologia que tornou desnecessária aquela loucura que víamos nos Telejornais, gente gritando, comprando ações no tapa, gente caindo, de todo tipo e isso tudo foi trocado por uma Rede, a Intranet, permitindo que essas compras sejam feitas no silêncio e sem agressões físicas, tudo através do computador. Fui ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), mas infelizmente acabei ficando de fora, filas enormes causando demora na entrada, afinal estávamos falando da exposição de Goya, Cézanne e Manet, acho que esses três falam melhor da lotação do que eu. Dei uma voltinha no bairro japonês, Liberdade, lembrando da seguinte canção: “Isso aqui ó ó... É um pouquinho de Brasil yá yá...”. Não sei bem porque lembrei, deve ter sido por conta de ser cearense, com raízes muito profundas portuguesas, andar em um bairro extremamente japonês, em uma cidade colonizada por italianos e isso me fez lembrar da mistura pirotécnica da raça brasileira.

Falei bastante das minhas voltas pela cidade, mas não falei do principal, os shows que levaram até ela.

Dia 12 de abril de 2007 por volta das 21 horas sobe ao palco Velvet Revolver, formada por Scott Weiland (ex-STP) nos vocais, Duff Mckagan (ex-GNR) no baixo, nas guitarras Slash, que dispensa apresentações, Dave Kushner fazendo a guitarra base, na bateria Matt Sorum (ex-GNR). Os integrantes fazem um show rock, mostrando que o velho e bom o rock está presente neste século repleto de tecnologia musical, com solos da velha Lês Paul Gibson de Slash, que marcou uma época. A banda mostrou musicas novas, que devem estar presente no novo trabalho da banda, o álbum Libertad, com lançamento oficial para o dia 14 de maio, musicas do primeiro álbum da banda como “Set Me Free”, “Fall To Pieces”, “Sucker Train Blues” e “Slither”, esta ultima cantada junto com o público, e além destas foram tocadas dois clássicos do Guns N’ Roses, “It’s so easy” e “Mr.Brownstone, e duas do Stone Temple Pilots, “Crackerman” e “Sex Type Thing”. Com estes clássicos e com as musicas novas, Velvet Revolver deixou o velho Guns para trás, já que o vocalista melhor, escreve melhor e com uma postura “Mickjaggeriana”, bem semelhante na aparência física e na presença de palco. E ainda mais com Slash na guitarra, Duff no baixo, mostrando toda sua atitude “rocker”, Sorum na bateria, e um pouco do guitarrista Kushner, que não é uma figura tão importante para o Velvet Revolver, a banda se completa e mostra Rock.

Finalmente, depois de uma longa espera, o Aerosmith sobe ao palco, não me recordo o horário dos primeiros acordes, mas lembro bem da energia dos cinco integrantes da banda, que com quase 40 anos de estrada, desfilando no instável revelo do sucesso, como todo artista. O Aerosmith não deu espaços para novidades, tocou seus clássicos que como vi no show, não são poucos. Músicas como “Love In The Elevator”, “Toys in Attic”, “Dude Like a Lady”, “Falling in Love is so hard on the Knees”, “Crying”, “Dream On”, e o grande hit “I don’t Want to Miss a Thing”, e o bis do show “Walk This Way”… Enfim duas linhas de músicas classicas desta banda incrivel. Admito que antes do show do Aerosmith, estava achando que ia ficar boiando, perdido nas musicas, mas quando o show começou foi totalmente diferente, curti demais o show e curti mais ainda os integrantes da banda, Steven Tyler e Joe Perry estão em forma, se um médico quiser examiná-los é só assistir o show dos rapazes, pois com aquela energia, eu me senti velho. Claro que Joey Kramer, Tons Hamilton e Brad Whitford expandem energia, mas não como a dupla, que desperta os mais belos gritos do show.

Enfim dois shows incríveis, por tudo, pela emoção, pela viagem a outra cidade, pela amizade, por diversos motivos uma viagem assim vale a pena, já que quando a dor de cabeça vier é só lembrar, com certeza pagarei com mais felicidade. E quem puder ir... vá!


Ahhh se eu fosse um Rock Star!

3 comments:

Rafaela Leite said...

e agora, de volta à terra da luz.

Diego Maia said...

Foi massa mesmo viu brother!!
Tomara q se repita muitas outras vezes!!

P.s: Diego on the water eh foda!! hauhauhauhauhaa

Tan tan tan... tan tan taraaammm...
Tan tan tan... tan taaaaaaaaaaamm!!

Elis Campos said...

É isso aí, Rodrigo!

Afinal, se Maomé não vai até a montanha, a montanha vai até Maomé :-)

Abs
Elis